O Ministério da Saúde anunciou hoje que o governo federal vai comprar 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante reunião com governadores. O ministro disse que será editada uma nova Medida Provisória para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão.
De acordo com o cronograma do Ministério da Saúde as 46 milhões de doses devem ser entregues até dezembro de 2020. Destas, 6 milhões serão produzidas na China e entregues em frascos unidose; as 40 milhões restantes, serão em frascos multidoses e ficarão a cargo do Instituto Butantan.
A vacina, segundo Pazuello será incluída no Plano Nacional de Imunizações. “Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”, disse o general.
Como a Butantan-Sinovac e a AstraZeneca-Oxford estão em etapas avançadas de produção, ambas em fase 3 (quando são testadas em milhares pessoas), a previsão é de que a vacinação comece em janeiro de 2021.
Mas elas ainda devem ser liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e ter eficácia e segurança garantidas, como determina o Ministério da Saúde. Profissionais de saúde e grupos de risco deverão ser os primeiros a receber a vacina.
O Ministério da Saúde afirmou que “somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021″.
A prioridade, segundo o ministro, é entregar à população brasileira, no menor tempo possível, “uma solução segura e eficaz para a doença”.