Almirante Ilques Barbosa Júnior é o novo Comandante da Marinha do Brasil
O Clube Naval de Brasília, foi palco da cerimônia de troca de comando da Marinha do Brasil, realizada na manhã do dia 09. O almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, assumiu o comando da Marinha do Brasil no lugar do também almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira.

O almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior agradeceu a presença do presidente Jair Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

“Ao excelentíssimo senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, expresso minha gratidão pela inequívoca confiança na minha nomeação para o comando da Marinha e presto continência renovando o compromisso desta Força com a defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e, pela iniciativa de qualquer desses, da lei e da ordem. A Marinha está prestada, como sempre esteve, para o fiel cumprimento de suas determinações, tanto nas missões relacionadas ao emprego da força, como nas imprescindíveis atividades vinculadas ao desenvolvimento econômico e social. Rumo a seguir: Pátria Amada, Brasil”, discursou o novo comandante, dirigindo-se a Bolsonaro.

Além deles, o novo comandante da corporação, Ilques Barbosa Júnior, também saudou o Almirante John Richardson, chefe de operações navais dos Estados Unidos, o contra-almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do Comando do Sul, embaixadores, ministros e membros do poder Judiciário, Executivo e das Forças Armadas, que prestigiaram a solenidade.

O comandante da Marinha do Brasil, Ilques Barbosa Júnior, declarou que o Brasil esteve junto aos Estados Unidos em “três guerras mundiais”, e que essa é a parceria que o País está “dando continuidade”.
O militar ainda disse que, como o Brasil é “o mundo ocidental”, é importante ter “laços de amizade e profissionais tanto do ponto de vista da Marinha, como do Exército e da Força Aérea, com a Marinha dos Estados Unidos da América, com a França, com a Alemanha, com a Inglaterra, com a Itália, com Espanha, com Portugal”, prosseguiu.

O almirante Ilques Barbosa afirmou que em decorrência do cenário global atual de “guerra e paz” é necessário investir nas forças de defesa do país. “A situação internacional atual exige prontidão permanente. Principalmente quando levada em consideração as nossas riquezas naturais. A Amazônia Azul, que corresponde a 52% do nosso território continental, nossos minérios e o agronegócio devem ser defendidos”, disse.
Ilques Barbosa Junior está na Marinha desde 1976. Foi promovido a almirante de esquadra em 25 de novembro de 2014. Desde 2017 era chefe do Estado-Maior da Armada. Entre as atribuições estava a de assessorar o comandante da Marinha. O almirante de esquadra é de Ribeirão Preto, casado e pai de duas filhas.
Ao deixar o cargo, almirante de esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira afirmou que o Brasil tem longos desafios na área marítima e precisa manter sua capacidade bélica. “O Brasil é um dos países com melhor aproveitamento do uso das águas. Estamos entre os maiores produtores de petróleo em alto mar. Temos que manter as capacidades de defesa do nosso país, que com certeza serão desafiados”, disse.
Ex-comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar agradeceu nominalmente aos ex-presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff pelo período em que comandou a Força.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que as “peculiaridades” da carreira de militar fundamentam a “necessidade de um regime diferenciado” de previdência para a categoria.
O ministro Fernando Azevedo e Silva destacou o papel de Leal Ferreira nas discussões sobre a inclusão de militares na reforma da Previdência durante o governo de Michel Temer. Segundo ele, os militares têm “sistema de proteção social” e não um regime previdenciário.
“Diante das discussões sobre a reforma do sistema de proteção social dos militares foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa profissão, que as diferenciam das demais, fundamentando a necessidade de um regime diferenciado, visando assegurar o adequado amparo social aos militares das forças armadas e seus dependentes”, afirmou o ministro da Defesa.