Cumulonimbus: nuvem cheia de raios é vista no céu de Brasília

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Nuvem com ‘formato de nave’ é fotografada do Memorial JK em Brasília


O entardecer do dia 18 de janeiro foi cercado de mistério e misticismo em Brasília. A natureza proporcionou mais um espetáculo.Uma nuvem misteriosa com raios em formato de “nave espacial‘ intrigou os brasilienses e todos os olhares se voltaram para o céu da capital federal.


O fenômeno chamou a atenção e o formato da nuvem instigou a imaginação dos brasilienses em diversos ângulos. Além dos muitos cliques e memes na internet é importante saber o que é o fenômeno e como se forma.


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explicou que se trata da formação de nuvem e que ocorre geralmente no verão quando ocorre elevados índices de temperatura. O fenômeno é denominado de Cumulonimbus ou cúmulo-nimbo, e nada mais é do que uma “nuvem cheia de raios”.

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Cumulonimbus: nuvem cheia de raios e formato de nave é vista no céu de Brasília


Elas começam como nuvens cumulus, as pequenas nuvens brancas com bases planas e tops inchados, com contorno claramente definido. Se formam em resposta a uma ampla variedade de condições climáticas, sendo associadas a condições climáticas boas e tempestades, e às vezes são precursoras de outros tipos de nuvens. O nome cumulus vem do latim e significa “pilha” ou “montão”.


As nuvens cumulus se formam quando uma coluna de ar sobe na atmosfera e atinge uma área fria o suficiente para a água no ar se condensar, formando uma nuvem. É por isso que a base das nuvens cumulus tende a ser plana, porque o vapor d’água não se condensa abaixo de uma certa altura, e por que os topos são tão fofos, porque são formados à medida que o vapor d’água sobe na atmosfera. Frequentemente elas são associadas ao clima bom, aparecendo como bolas de algodão no céu em um dia claro.


Aprender a identificar os diferentes tipos de nuvens pode ser interessante e também útil, pois algumas nuvens podem ser sinais de aviso de mau tempo iminente.


As nuvens Cumulonimbus nascem a partir de pequenas nuvens cumulus sobre uma superfície quente. Eles ficam cada vez mais altas até representar grandes potências, armazenando a mesma quantidade de energia que 10 bombas atômicas do tamanho de Hiroshima. Por isso são as mais perigosas nuvens da Terra.


A forma lisa da bigorna das Cumulonimbus é causada pelos ventos em linha reta em altitudes mais elevadas, que cortam o topo da nuvem, e também por uma inversão sobre a tempestade, causada pelo aumento da temperatura acima da troposfera.


Segundo o meteorologista Heráclio Alves, as Cumulonimbus são conhecidas por serem “nuvens de tempestades” e “nuvens de trovoadas”. Elas apresentam desenvolvimento vertical, com bases variando entre 1000 e 3000 metros e topos com mais de 10000 metros de altura, da base até o topo e pode apresentar riscos a aviões.

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Nuvem cheia de raios e formato de nave é vista no céu de Brasília e foi clicada por ggs_fotografia


“É uma nuvem bastante densa, bonita, mas bem perigosa, principalmente para a aviação civil. As aeronaves sempre desviam das rajadas de vento dessa nuvem, que são bastante intensas”, diz Herácio.


A Cumulonimbus é bela, intrigante, mas perigosa. É o único tipo de nuvem que pode produzir granizo, trovões e raios.
As nuvens estão mudando constantemente, e uma nuvem Cumulonimbus não é exceção. Eles passam por um ciclo de vida, com cada fase apresentando sinais ou características reveladoras. Esses estágios geralmente são conhecidos como desenvolvimento, maturação e dissipação.


Uma nuvem Cumulonimbus em desenvolvimento está absorvendo calor do ar ascendente, com chuva e gelo sendo formados em diferentes altitudes. À medida que as gotículas de chuva liberam mais calor, formações ascendentes do ar que sobem rapidamente podem se formar no sistema de nuvens. Se houver umidade suficiente e o gelo se acumular ou grudar, o granizo poderá se formar.


As nuvens Cumulonimbus maduras são normalmente chamadas de tempestades. O raio ocorre quando a energia elétrica é produzida a partir do atrito da água na nuvem.

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Nuvem cheia de raios e com formato de nave é vista de todos os ângulos no céu de Brasília


Como a Cumulonimbus já se dissipou a preocupação agora é com o calor. Os especialistas alertam que neste período, a radiação solar é mais forte e pode provocar impactos na saúde. Beber bastante líquido e passar protetor solar são cuidados indispensáveis.

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Nuvem cheia de raios e em formato de nave no céu de Brasília foi acima do Eixão


Nesta quarta-feira, dia 19, os termômetros registraram 17°C durante a madrugada e podem marcar até 30°C durante à tarde, período mais quente do dia. A umidade relativa do ar varia entre 95% e 35%.


Como estamos no verão a previsão para a segunda quinzena de janeiro é de calor no Distrito Federal. A meteorologista do Climatempo Carine Gama explica que os dias estão mais ensolarados por conta do verão, portanto, as temperaturas sobem e no final do dia devem ocorrer pancadas de chuvas.


Fotos: Arquivo Pessoal, GGS Fotografia e  TV Globo/Reprodução