Lula recebe taça da Copa do Mundo Feminina e manifesta desejo do Brasil sediar o torneio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira, 30 de março a taça da Copa do Mundo de futebol feminino 2023, durante evento no Palácio da Alvorada. Ontem a Taça foi exibida pela Fifa e pela CBF, no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
O Troféu faz tour pelos 32 países que disputarão os jogos para promover a edição deste ano da competição, que acontece entre julho e agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
Ao lado da primeira-dama Janja da Silva e da ministra Ana Moser e do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, o presidente Lula demonstrou o desejo do Brasil sediar o evento em 2027.
O presidente Luiz Inácio disse que a Copa também será de consciência política, diante do forte preconceito de gênero que ainda há no Brasil.

Lula defendeu a participação feminina no futebol, de maneira a incentivar políticas públicas para aumentar o quadro de mulheres nos esportes em geral. “O governo estará à disposição da CBF para fazer o que for necessário para que a gente consiga trazer, em 2027, a Copa do Mundo feminina para o Brasil. Será um evento extraordinário. Será um evento motivador na construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro para que entenda a participação da mulher, efetivamente, em todos os cantos que ela puder participar”, disse o presidente Lula.
Na ocasião, Lula também assinou o decreto que cria a Estratégia Nacional para o futebol feminino, para promoção de medidas voltadas ao desenvolvimento da modalidade, profissional e amadora, no Brasil. Pelo texto assinado, em 120 dias o Ministério do Esporte deve elaborar um diagnóstico da situação atual do futebol feminino no país e um Plano de Ações até 2025 para a implantação da estratégia.
A ministra Ana Moser deseja que o Brasil seja uma potência olímpica. “O futebol feminino em si traz um histórico de muitas dificuldades, de preconceitos, invisibilidade, que impõe barreiras que persistem em afastar as mulheres da prática do esporte, seja por lazer e mesmo em âmbito profissional”.
A Estratégia Nacional inclui ainda, segundo ela explicou, a “promoção de uma cultura competitiva sadia, evolução da consciência, autoestima e integração social” das mulheres. Também pretende desenvolver mecanismos efetivos de “desmobilização de comportamentos intolerantes e violentos contra meninas e mulheres nos estádios de futebol ou fora deles”.

A cerimônia no Palácio da Alvorada teve também a presença do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, os embaixadores no Brasil dos países anfitriões do evento, Sophie Davies (Austrália) e Richard Prendergast (Nova Zelândia), e representantes da Fifa.
Fotos: Ricardo Stuckert