Ricardo Cavaliere é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

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Filósofo Ricardo Cavaliere é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

O renomado filósofo Ricardo Cavaliere é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito na quinta-feira, 27 de abril, com 35 dos 38 votos, e vai ocupar a Cadeira 8, vaga aberta com a morte da escritora e professora Cleonice Berardinelli, aos 103 anos, no dia 31 de janeiro deste ano.

A Cadeira 8 tem como fundador o professor e poeta Alberto de Oliveira, como patrono o advogado e poeta Cláudio Manuel da Costa, e teve como titulares o sociólogo e jurista Oliveira Viana, o professor, jornalista, cronista, Austregésilo de Athayde, o jornalista e romancista, Antonio Callado, o crítico literário Antônio Olinto, além de Cleonice Berardinelli.

Depois de eleito o filólogo Ricardo Cavaliere, novo imortal da ABL, ofereceu um coquetel em seu apartamento, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Os imortais, da esquerda para a direita, na fileira em pé para a sentada: Ruy Castro,  Antônio Torres, Edmar Bacha, Godofredo de Oliveira Neto, Antônio Carlos Sechin, Ricardo Cavaliere, Paulo Niemeyer Filho, Ana Maria Machado, Evanildo Bechara, Cicero Sandroni, Merval Pereira, Arnaldo Niskier e  José Paulo Cavalcanti. 

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Ricardo Cavaliere, o novo imortal, recebeu os integrantes da Academia Brasileira de Letras, com um coquetel, em sua residência

O escritor Ricardo Cavaliere, um dos maiores conhecedores da língua portuguesa, disputou à vaga com o cartunista Mauricio de Sousa; o jornalista, produtor e escritor James Akel; o escritor e crítico literário Joaquim Branco, e o advogado José Alberto Couto Maciel.

Merval Pereira, presidente da ABL, disse que a Academia está satisfeita com a eleição de Ricardo Cavaliere, um dos maiores filólogos do Brasil atualmente. “É importante que a ABL tenha filólogos porque um dos planos da casa é no futuro fazer um dicionário da língua portuguesa.”

Ricardo Cavaliere tem graduação em letras (português/inglês) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (1975), mestrado em língua portuguesa (Letras Vernáculas) pela UFRJ (1990), e doutorado em língua portuguesa (Letras Vernáculas), pela UFRJ (1997). Também possui graduação em direito pela mesma universidade (1996). Fez estágio de pós-doutorado em história da gramática no Brasil, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), sob supervisão do acadêmico ocupante da Cadeira 33, o professor e filólogo Evanildo Bechara.

Tem experiência na área de letras e linguística, com ênfase na descrição do português e na historiografia dos estudos linguísticos. Dentre suas obras, destacam-se: Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira e Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia. Atualmente é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense, onde atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem. É membro da Academia Brasileira de Filologia. Também tem experiência como conselheiro no Real Gabinete Português de Leitura, que lhe conferiu o título de Grande Benemérito, entre outros.

Aos 69 anos, atualmente ele é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense. Membro da Associação Brasileira de Linguística e autor de centenas de trabalhos acadêmicos sobre a língua portuguesa.

Fotos: Divulgação e Reprodução