Hanseníase: direitos, preconceito e resgate à cidadania

TV Justiça - Jornal da Justiça - Galton Sé, Rafaela Vivas e Gilbert Di Angellis - Bernadete Alves
Galton Sé e Rafaela Vivas entrevistam o advogado Gilbert Di Angellis, no Jornal da Justiça

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito secular atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, o nome Lepra e seus adjetivos passam a ser proibidos no País.

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e causada por uma bactéria. A doença atinge pele e nervos periféricos e pode levar a incapacidades físicas. Desde os tempos bíblicos, pessoas que apresentavam os sintomas da doença eram marcadas por preconceito e isolamento. Entre 1920 e 1980, muitas pessoas com hanseníase eram internadas em hospitais-colônia. Os pacientes eram separados de seus filhos, cônjuges e demais entes queridos, sendo negado a eles o direito à convivência e à família. E assim ficavam por anos.

A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País.

Muitas vezes o diagnóstico de hanseníase causa impacto psicológico tanto a quem adoeceu quanto aos familiares. Aceitar o problema, superar as dificuldades físicas e preconceitos não é fácil. Quem direitos são assegurados ao paciente de hanseníase?

Como se trata de um relevante problema de saúde pública, a TV Justiça debateu este assunto, hoje ao vivo, no Jornal da Justiça, 1ª edição.  Os apresentadores Galton Sé e Rafaela Vivas receberam o advogado Gilbert Di Angellis na bancada do Jornal da Justiça para tratar dos aspectos jurídicos do tema e dos direitos dos pacientes.