Alunos do SESI -DF ganham Torneio Internacional de Robótica
O Torneio Internacional de Robótica, criado em 1998 pela FIRST em parceria com o Grupo LEGO, propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção e programação de robôs feitos inteiramente com peças da tecnologia LEGO Mindstorm.
O FIRST LEGO League (FLL) é um programa internacional de exploração científica, projetado para fazer com que crianças e jovens de 9 a 16 anos se entusiasmem com ciência e tecnologia e adquiram habilidades valiosas de trabalho e de vida.
Para participar desta importante competição internacional o Serviço Social da Indústria investe desde 2006, na inserção da robótica educacional nas salas de aula e aqui no Distrito Federal os alunos das escolas SESI aprendem, em uma disciplina de robótica, a metodologia STEAM, que envolve ciência, arte e tecnologia. O trabalho deu tão certo que equipes do Sesi já venceram torneios regionais, campeonato nacional e foram credenciados para disputar o FIRST LEGO League (FLL).
A cada ano, o FIRST LEGO League tem um tema central. Em 2019, os participantes tiveram que trabalhar em cima de soluções para as problemáticas que envolvem o espaço e desenvolver facilitadores para a vida dos astronautas. Na temporada deste ano, estudantes brasileiros conquistaram prêmios no Mundial de Robótica de Houston (EUA), no Torneio de Arkansas (EUA), no Aberto Internacional da Turquia, no Aberto de Robótica do Uruguai, Aberto de Robótica do Líbano e no Aberto de Robótica da Austrália.

Três equipes de robótica do Distrito Federal a Albatroid, Legofield e Lego of Olympus, foram premiadas em competições internacionais. Os alunos, ex-alunos e professores do Serviço Social da Indústria, viajaram aos Estados Unidos, Uruguai e Austrália para apresentar os projetos desenvolvidos na temporada 2018/2019 do torneio FIRST LEGO League (FLL). O desafio era criar soluções para problemas que os astronautas poderiam ter no espaço.
A equipe Albatroid, do Sesi de Taguatinga, conseguiu a primeira colocação na categoria Estratégia e Inovação, e a segunda no Desafio do Robô. O torneio, que ocorreu entre 4 e 7 de julho, reuniu 42 times de várias partes do mundo. O desafio dos jovens era construir robôs que pudessem solucionar problemas enfrentados por astronautas em viagens espaciais, e os brasilienses não decepcionaram. O projeto apresentado pelo grupo foi um capacete que utiliza terapias alternativas – como a cromoterapia, a musicoterapia e a reflexoterapia – para aliviar o estresse pelo estímulo de áreas específicas do corpo humano.
O coordenador de robótica do Serviço Social da Indústria no Distrito Federal, Benedito Aragão, diz que as equipes cresceram junto com o campeonato First Lego League, e estão sendo recompensadas pelo trabalho realizado com influências tecnológicas. Para ele, é necessário trazer a tecnologia educacional como parte presente do cotidiano dos alunos. “Ao invés de ‘lutar’ contra o uso de celulares e dispositivos mobile em sala de aula pelos alunos, é pegar essa geração e transformar o uso da tecnologia em uma coisa positiva para a educação”, defende.

A equipe Albatroid, que trouxe para o Distrito Federal, dois prêmios, é composta pelos alunos Amanda Merlin, Ana Carolina Moraes, Anna Clara Gomes, Eduardo Moroni, Gabrielly Borges, Guilherme Silva, Ives Djuran, Letícia Souza e Maria Rita Lima, pelo mentor Gabriel Antunes e pelos técnicos André Alcântara e Luciane Almeida.
Amanda Merlin, 16 anos, diz que teve ganhos pessoais e profissionais durante o tempo que investiu na equipe. “Além de todas as coisas com a robótica, aprendi a me conhecer mais. Saber organizar o meu tempo, as minhas tarefas e deixar de ser tímida”, conta a garota que viveu “grandes” experiências transculturais. Amanda está no último ano da Educação Básica.
O professor André Alcântara, técnico de robótica da equipe Albatroid , diz que a temporada foi incrível. “Conseguimos um êxito muito grande dentro desse projeto. Estou muito orgulhoso com o resultado. Brasília, Taguatinga, o SESI, a equipe Albatroid conseguirem uma posição dessa é algo essencial e a recompensa de um trabalho de sete anos”, declara Alcântara.
Ana Carolina de Moraes Baia, 16 anos, participa da equipe Albatroid, desde o início, em 2013. “Sempre almejamos competir em um torneio internacional. Então chegar lá e fazer história foi muito gratificante”, comemora a estudante do 3º ano do Ensino Médio.

A equipe Lego of Olympus, do Sesi Gama foi campeã em Fairmont (EUA), em julho, no Torneio de West Virgínia, que aconteceu neste mês, nos Estados Unidos, por melhorar as condições de sono dos profissionais nas viagens espaciais, criando um colchão com aquecimento e vibração para relaxamento. A equipe Lego of Olympus é formada pelos alunos Cauã da Fonseca, Hellen Santos, Isadora Marinho, Lauany Araújo, Luan Melo, Marcus Okubo e Vitor Azeredo, pela mentora Isadora Marinho e pelos técnicos Alberto Roquete e Tereza Ribeiro.

A Legofield, do Sesi Gama, conquistou o primeiro lugar da categoria de Design do Robô, no Aberto Internacional Plan Ceibal, em Montevidéu, no Uruguai, em junho. Os integrantes da Legofield,trouxeram para o Distrito Federal também o prêmio de segundo lugar no Desafio do Robô.
A equipe criou um relógio de pulso usado pelo astronauta e um aplicativo de celular, que identificaria grandes alterações na frequência cardíaca do astronauta. Dependendo do resultado, o aplicativo tocaria automaticamente uma música adequada para a situação.
A equipe Legofield , do Sesi Gama, é formada pelos alunos Carolina Andrade, Daniel Rocha, Eduardo Luz, Germana Gomes, Giovanna Ferreira, Júlia Vieira Porto e pelos técnicos Tereza Ribeiro e Kleber Carvalho. Parabéns ao Sesi do Distrito Federal, professores e alunos pelos prêmios internacionais.

No Brasil, o Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI) é a instituição responsável pela operação oficial da FIRST LEGO League. Desde que passou a operacionalizar a competição, o SESI tem promovido anualmente a organização de torneios regionais e do torneio nacional, a mobilização de novas equipes de robótica, a capacitação de técnicos e avaliadores voluntários, bem como a articulação da competição realizada no Brasil com os operadores internacionais, estimulando a participação de equipes brasileiras em eventos no exterior.