Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

O 27 de Janeiro é dedicado as milhões de vidas perdidas, que foram torturadas e mortas nos campos de concentração comandados pela Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Este “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto” foi criado por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), através de uma Assembleia Geral, pela resolução 60/7, de 1 de dezembro de 2005, com objetivo demonstrar que o holocausto, não aconteceu do dia para a noite, mas começou com a intolerância e para que isso não aconteça nunca mais a nenhum povo ou nação.

A dimensão da crueldade que foi o Holocausto é tão assustadora que, para tentar evitar episódios semelhantes no futuro, foi criada a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
O 27 foi escolhido por ter sido a data, em 1945, que aconteceu a libertação dos judeus do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, considerado o principal do regime nazista.
Esta dramática história real do Holocausto é contada em livro por Diane Ackerman, nascida em 1948, três anos após o final da Segunda Guerra mundial e também em um filme.

O filme “Zoológico de Varsóvia”,de Niki Caro,é baseado no livro “The Zookeeper’s Wife” e dá uma ideia de toda a crueldade dos nazistas e mostra a luta do Dr.Jan Zabinski e sua esposa Antonina, responsáveis pelo zoológico de Varsóvia,o maior e mais prolífero dos zoológicos da Europa nos anos 1930, em salvar os animais e as crianças quando o país é invadido por nazistas sob o comando de Lutz Heck.
No dia 1º de setembro de 1939, o bombardeio aéreo de Varsóvia começa enquanto as forças alemãs ocupam a Polônia. Bombas arrasam as jaulas do zoológico, matando muitos animais, enquanto outros escapam para as ruas. Antonina e seu filho Ryszard mal conseguem sobreviver. Enquanto a resistência polonesa se esfacela, o dr. Lutz Heck, o chefe do zoo de Berlim e principal zoólogo de Adolf Hitler, e rival de profissão do Dr. Jan, chega. Ele se oferece para ficar com os animais mais raros, preciosos, e devolvê-los após o fim da guerra. Mais tarde Heck retorna com soldados nazistas para matar os animais restantes e perseguir os judeus.
Inconformados com as barbáries eles se unem a resistência e conseguem salvar centenas e centenas de judeus, no subsolo do Zoo.Uma mensagem de compaixão em meio a guerra.
Os nazistas assassinaram, primeiramente, pessoas que tinham alguma deficiência mental ou física, e opositores do governo. Além disso, grupos sociais que eram considerados “inferiores”, segundo o nazismo, como negros, homossexuais, Testemunhas de Jeová e ciganos, pereceram nos campos de concentração.
Estimam-se que tenham sido assassinados mais de seis milhões de judeus durante o Holocausto, considerado por muitos historiadores como o maior crime já cometido contra a humanidade.

“Víamos a fumaça e um fogo enorme ardendo dia e noite, e a Kapo [funcionária também prisioneira da SS alemã] nos dizia ‘vocês vão virar fumaça. Olha aí. Fogo, fumaça, é o que vocês vão virar, se não me obedecerem’”, descreve Lulu Landwehr, ex-prisioneira sobrevivente de Auschwitz (Polônia) no livro de memórias “…E Pilatos lavou as mãos”.
A palavra holocausto tem origem grega (holókaustos) e latina (holocaustum), e na história antiga nomeava o sacrifício religioso de animais pelo fogo. Após a Segunda Guerra Mundial, o termo ganhou um novo significado: “homicídio metódico de grande número de pessoas, especialmente judeus e outras minorias étnicas, executado pelo regime nazista”, de acordo com o Dicionário Priberam, editado no Brasil e em Portugal.

Neste dia de memória das vítimas do holocausto nos leve a refletir sobre as dores da humanidade e lutar contra manifestações de intolerância , ódio social, discriminação humana, racismo e xenofobia.