Tarcísio Meira, referência de artista e ser humano, perde a vida para a Covid

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Tarcísio Meira, referência de artista e ser humano, é um gigante da arte fazendo passagem


É com tristeza que registro o falecimento do ícone da dramaturgia, Tarcísio Meira, um dos mais importantes artistas do país, aos 85 anos, vitima de Covid-19. O ator estava internado na UTI do Albert Einstein, na Zona Sul de SP desde o dia 6, após ser diagnosticado com Covid.


Tarcísio deixa a esposa, a atriz Glória Menezes de 86 anos, que se recuperou da doença. Ambos receberam a 2ª dose da vacina contra Covid em março deste ano, na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, onde o ator tem uma propriedade rural e foi morar depois que se aposentou da TV. “O campo me dá o equilíbrio que eu preciso. A televisão é um trabalho muito estafante”, disse em uma entrevista ao Globo Rural em 2013.

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Tarcísio Meira e Glória Menezes, o casal top da televisão

Toda força para a Glória que protagonizou com ele um amor maravilhoso na vida real. Meus sentimentos à Glória, ao Tarcísio Filho, aos amigos, familiares e fãs. A sua partida deixa a arte mais pobre, mais triste. É mais um gigante da arte fazendo passagem e levando consigo todos os personagens da própria história.

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Tarcísio Meira como Borges em ‘O beijo do Vampiro’, ao lado de Cláudia Raia

Infelizmente a Covid tirou dos brasileiros a lenda da dramaturgia. Fica a beleza da sua existência, sua alma bonita, segura a nos iluminar. Tarcísio permanecerá vivo em nossos corações com o personagem mais icônico, João Coragem, o herói da década de 1970 que inspirava gerações a fazer sempre o melhor.

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Tarcísio Meira, o ‘João Coragem’, o herói da década de 1970 que inspirava gerações a fazer sempre o melhor


Tarcísio Meira reinou absoluto e encheu de sonhos o imaginário do povo tão sofrido. Só ele sabia fazer o que ele fazia. Ele conseguiu a eternidade, não porque se foi, mas porque sempre nos lembraremos dele. Tarcísio, como poucos, estará pra sempre na história desse país. A saudade desse gigante ficará para sempre e os aplausos também.

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Tarcísio Meira como Renato Vilar em Roda de Fogo, novela de 1986, com Bruna Lombardi


Ele marcou a história da TV e do cinema nos seus mais de 60 anos de carreira. Era um ser humano especial e um artista brilhante. Um gigante nas telonas, carismático e heroico. Referência de artista e ser humano.

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Tarcísio Meira como João Medeiros em um ‘Anjo Caiu do Céu’, em 2001 com Patrícia Pillar


Tarcísio Pereira de Magalhães Sobrinho
nasceu em São Paulo (SP) no dia 5 de outubro de 1935. Adotou o nome artístico Tarcísio Meira, sobrenome de sua mãe, para estrear na Globo em 1967 e trilhar uma magnífica carreira profissional. Tarcísio participou de mais de 60 programas, entre minisséries, especiais e novelas.


Estreou nas novelas em 1959, com “Noites Brancas”, da TV Tupi. Em 1963, atuou ao lado de Glória Menezes (já sua mulher na época) na primeira telenovela diária do Brasil, chamada “2-5499 Ocupado”.

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Tarcísio Meira no filme o Tempo e o Vento em 1985, com Glória Pires

Ele era casado há quase 60 anos com a gaúcha de Pelotas, Glória Menezes, atriz de teatro, televisão e cinema, que estreou na Globo em 1967 com a novela “Sangue e Areia”. Atuou em mais de 40 telenovelas na emissora. Eles são pais do também ator Tarcísio Filho.

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Tarcísio Meira, o eterno galã da televisão, com sua amada Glória Menezes

A trajetória de Tarcísio Meira e Glória Menezes coincide com a história da TV brasileira. Tarcísio tinha um currículo de mais de 60 trabalhos na televisão, entre novelas, seriados, minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961, na extinta TV Tupi.


A carreira cinematográfica
de Tarcísio reúne 22 obras consagradas. Dirigido por Carlos Coimbra interpretou Dom Pedro I, no filme “Independência ou Morte” (1972), sucesso de bilheteria e um dos filmes mais assistidos naquele ano.

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Tarcísio Meira no especial Correndo Atrás

Tarcísio atuou em duas adaptações de Nelson Rodrigues: “O Beijo no Asfalto” (1980), um dos momentos mais elogiados na carreira do ator e “Boca de Ouro” (1990). Destacou-se também por “A Idade da Terra” (1980), último filme do diretor baiano Glauber Rocha (1939-1981). Também participou de 31 peças de teatro.

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Tarcísio Meira como Dom Jerônimo na novel ‘Muralha’ em 2000


Fotos: Celso Tavares/G1 e Divulgação TV Globo