Geraldo Brindero, ex-procurador-geral da República, perde a vida para a Covid

É com pesar que registro o falecimento do professor e jurista, Geraldo Brindeiro, Procurador-Geral da República, vitima da Covid-19, aos 73 anos. Brindeiro era o mais antigo integrante do Ministério Público Federal em atividade e atuou por mais de 50 anos no serviço público.
O dedicado servidor público, conhecido pela capacidade, lealdade, gentileza e defesa da independência funcional do Ministério Público, atuou nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Doutor em Direito pela Universidade de Yale (EUA), antes de ocupar o posto de procurador-geral, também atuou como vice-procurador-geral eleitoral entre 1990 e 1994.
A sua morte deixa uma grande lacuna. Em nota o atual PGR Augusto Aras, enalteceu as qualidades do respeitado brasileiro. “Perdemos um valoroso colega, um homem que devotou a vida ao Ministério Público. Geraldo Brindeiro foi um incansável defensor da independência funcional, a própria e a dos colegas”. Aras decretou luto oficial de três dias na instituição.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, afirmou que Brindeiro “honrou” o Ministério Público. “Com sua partida, o Brasil perde um dedicado servidor público, um cidadão respeitável e um defensor da Constituição brasileira.”
“O Senado Federal lamenta o falecimento do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, aos 73 anos, vítima de complicações causadas pela pandemia da COVID-19″, declarou o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, disse ter recebido “com muita tristeza a notícia”. “Que Deus possa confortar a família e os amigos neste momento de perda”.

O governador Ibaneis Rocha, em nota falou do colega advogado. “O Brasil perde um dedicado servidor público e um brilhante jurista e professor com a morte de Geraldo Brindeiro. Conhecido pela gentileza, foi um intransigente defensor da independência funcional do Ministério Público, onde continuava em atividade. Lamento profundamente seu falecimento, esperando que Deus conforte a família e os amigos neste momento de dor”.
Geraldo Brindeiro era pernambucano, formado em Direito, que iniciou a carreira no Ministério Público Federal em fevereiro de 1975. Antes disso, foi assessor jurídico do tio, o ministro Djaci Falcão, no Supremo Tribunal Federal, professor na Faculdade de Direito do Distrito Federal e atuou também no Tribunal de Contas da União e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
“É uma perda não só para o Ministério Público, mas para toda a sociedade, que deve ao doutor Brindeiro os mais elevados agradecimentos, pela luta no fortalecimento da independência funcional da classe”, declarou Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público.
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