Brasil conquista cinco medalhas em olimpíada latina de astronomia e se torna maior medalhista da história da competição

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Brasil conquista medalhas de ouro e prata na 15ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA)

O Brasil brilhou na 15ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada na no Centro de Inovação em Ciências Espaciais do Panamá, na cidade de Chiriqui.

A OLAA  é uma competição de astronomia e astronáutica para estudantes do Ensino Médio que acontece anualmente. Ela tem por objetivo estimular e popularizar essas ciências nos países participantes. Foi fundada em Montevidéu, Uruguai, e a sua primeira edição ocorreu no Ano Internacional da Astronomia, em 2009, no Rio de Janeiro.

Durante a competição, os jovens realizam provas teóricas de observação do céu – identificando constelações, estrelas e objetos de céu profundo -, além de provas práticas que podem incluir manipulação de telescópios, uso de cartas celestes, construção e lançamento de foguetes. São quatro provas: duas em grupo e duas individuais.

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Larissa Midori Miamura, Mychel Lopes Segrini, Gustavo Mesquita França, Hugo Fares Menhem e Davi de Lima Coutinho dos Santos

O Brasil é o maior medalhista da história da competição. Com as cinco medalhas conquistadas em 2023 nosso país soma, ao todo, 50 medalhas de ouro, 20 de prata e cinco de bronze nas 15 edições da olimpíada.

Os estudantes Davi de Lima Coutinho dos Santos, de Itatiba (SP), e Gustavo Mesquita França, de Fortaleza, conquistaram medalhas de ouro.

Os jovens estudantes que ganharam as três de prata. foram: Hugo Fares Menhem Larissa Midori Miamura, ambos de São Paulo, e Mychel Lopes Segrini, de Vitória. Todos os medalhistas têm 17 anos e foram liderados pelo professor Júlio Klafke, coliderados pelo professor Ednilson Oliveira e tiveram como observador o professor Rodrigo Cajazeira.

Além das medalhas, o grupo conseguiu o melhor resultado nas provas de conhecimento individual e em grupo e fez a melhor prova de foguetes.

Delegação brasileira

Os jovens brasileiros foram selecionados entre os medalhistas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astrofísica (OBA) de 2022.  Para competir internacionalmente, é preciso obrigatoriamente ter uma boa pontuação na OBA. Depois, se classificado em provas seletivas online, o estudante faz um exame presencial. 

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Estudantes brasileiros conquistam cinco medalhas em olimpíada latina de astronomia

Os estudantes selecionados passam por treinamentos com astrônomos e especialistas, na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, onde aprendem a usar telescópios e também a construir e lançar foguetes de garrafas PET.

A olimpíada premia os cinco melhores com medalhas de ouro; do sexto ao 13º colocado, todos recebem a prata. Já os 11 estudantes seguintes com as melhores pontuações ficam com o bronze. Há ainda as premiações individuais de melhor prova de conhecimento individual e em grupo, de foguetes e de observação, além das menções honrosas.

Da edição deste ano, além do Brasil participaram alunos da Argentina, Bolívia, do Chile, da Colômbia, Costa Rica, de El Salvador, do Equador, da Guatemala, do México, Paraguai, Peru, Uruguai e do Panamá, país anfitrião.

Fundada na cidade de Montevidéu, Uruguai, a OLAA é realizada desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fotos: Reprodução