Cineasta do Uruguai faz homenagem a Chape com documentário
Salas de cinema de várias cidades do Brasil estão exibindo o documentário “Para Sempre Chape”, do cineasta uruguaio Luis Ara Hermida. O filme aborda a tragédia ocorrida com o voo da Lamia durante a viagem da delegação da Chapecoense e membros da imprensa à Colômbia para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana 2016. No acidente aéreo, ocorrido no dia 28 de novembro, 71 pessoas morreram e apenas seis sobreviveram.
O cineasta Luis Ara Hermida, de 38 anos, documentarista e apaixonado por esporte, acompanhou a trajetória, ascensão e tragédia da “Chape”. Consternado com o acidente e impressionado com a recuperação do clube, ele decidiu contar a história no cinema sem sensacionalismo.
“A história do Chapecoense eu vinha seguindo como qualquer fanático pelo futebol sul-americano. Eu me impressionava que um pequeno clube do Brasil, sem ser muito conhecido, estivesse chegando à final da Copa Sul-Americana. Havia me tornado um torcedor, queria que ganhassem a final. Quando aconteceu a tragédia, eu me afligi e fiquei intrigado com o que podia acontecer: um time em que morreram seus dirigentes e atletas. Quando vi que começaram a receber ajuda de diferentes partes do mundo e de distintos clubes e pessoas, isso me chamou a atenção a capacidade de resiliência, de reconstrução, da força que tiveram para seguir adiante. Percebi que uma das grandes motivações era o povo da cidade. Isso me pareceu muito lindo de contar”, diz Ara.
O cineasta Ara Hermida conta que as gravações de Para Sempre Chape começaram, seis meses após a tragédia, e aconteceram no Brasil e na Colômbia. O filme tem uma hora e 14 minutos de duração, relatos em português, além de depoimentos de sobreviventes. O documentário em breve estará disponível no Netflix no Brasil.
“Até agora, as pessoas que viram o documentário falam que foi feito com muito respeito, sem sensacionalismo. Que é uma história muito bem contada sobre a trajetória do clube, sem foco na tragédia. Estamos confiantes que o público vai apreciar. Contamos o que aconteceu com o clube catarinense após a tragédia, como trabalharam duro para reconstruir a equipe e devolver um sorriso para o povo de Chapecó”, declarou o diretor uruguaio Luis Ara Hermida, em coletiva de imprensa.
Há dois anos, todos nós acompanhávamos o pequeno time de Chapecó, em Santa Catarina, que subia da série D à A do futebol brasileiro. Eles surpreenderam o Brasil com o seu futebol e chegaram à final da Copa Sul-Americana. O clube vivia momento de glória até que no dia 29 de novembro de 2016 veio a tragédia. O avião que levava a equipe para Medellín, na Colômbia, caiu e 71 pessoas perderam a vida e por milagre seis pessoas sobreviveram. O episódio marcou para sempre a história do clube catarinense e comoveu o Brasil e o mundo.
