Papa visita o Panamá e fala dos grandes males que afetam a América Latina

Em sua primeira visita o Panamá, Papa Francisco, 82 anos, participa da Jornada Mundial da Juventude, e alerta sobre os grandes males que afetam a América Latina. O pontífice foi recebido pelo presidente Juan Carlos Varela e a primeira-dama Lorena Castilo.

Esta é a 26ª viagem de seu pontificado e a terceira JMJ de Francisco, que presidiu uma em 2013, logo após ser escolhido papa, no Rio de Janeiro, e outra em Cracóvia, na Polônia, em 2016.

O papa condenou os feminicídios e a ação de “grupos armados e criminosos”, assim como o “tráfico de drogas e a exploração sexual de menores e de não tão menores”, que agravam o êxodo de jovens.

O pontífice explicou que muitas das “famílias rachadas” são geradas por “um sistema econômico que não tem como prioridade as pessoas e o bem comum e que fez da especulação o seu paraíso”. Trata-se de um sistema que continua a “engordar sem se importar à custa de quem”.

 “Olhando para as mães e as avós, quero convidar-vos a lutar contra uma praga que fere o nosso continente americano: os numerosos casos de feminicídio. E muitas são as situações de violência que ficam silenciadas por trás de tantas paredes”, disse o Papa.

O Pontífice pediu pressão a ‘todas as formas de violência’ e criticou a corrupção. Afirmou que os jovens têm uma “força que pode mudar o mundo”. Em mensagem de vídeo para a Juventude Indígena, de Soloy, no Panamá, o Pontífice pediu que mantenham suas culturas e raízes, lutando contra a marginalização, a exclusão, o desperdício e o empobrecimento.