Ibaneis abre o carnaval de Brasília com entrega da chave ao Rei Momo

O carnaval é a maior manifestação da cultura popular brasileira. Independente da situação, os problemas são deixados de lado para dar passagem à folia. Folia rima com alegria e fantasia.
Em casa, na rua ou no salão, as pessoas vivem a magia do Carnaval. Este sentimento não está apenas na celebração em si, mas na capacidade de comemorar as coisas boas e se divertir com amigos. Brasília entra na folia com muita empolgação.

Em cerimônia realizada no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha abriu as festividades de Carnaval ao entregar a chave da cidade para o Rei Momo Ednilson Andrade do Nascimento. O evento teve a participação dos representantes das escolas de samba Águia Imperial, Aruc, Acadêmicos da Asa Norte, União da Vila Planalto/Lago Sul, Bola Preta de Sobradinho, Império do Guará e do presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (Uniesbe), Geomá Leite, o Pará.
“Iniciar esse Carnaval será de muita alegria. A sociedade aguarda por isso”, declarou o governador Ibaneis Rocha. O chefe do Executivo local lembrou que o samba é um ambiente para união de classes sem qualquer preconceito, bem como ao respeito às escolhas sexuais.
“Essa cerimônia marca a abertura do Carnaval. Brasília é a capital de todos os carnavais porque aqui estão todos os ritmos, mas a raiz é o samba e as escolas o representam”, disse Ibaneis Rocha.

Durante o evento, Ibaneis anunciou medidas para retomar o tradicional desfile das escolas de samba a partir de 2020 e prometeu criar a Cidade do Samba e um espaço para as agremiações se instalarem. A intenção é que o feriado possa atrair turistas e gerar empregos na cidade. “Temos que estruturar essa cidade criando uma cidade do samba, uma estrutura para cada escola ter seu barracão. Vamos criar nosso pavilhão, acoplando bares e restaurantes. Colocar isso no turismo da sociedade”, acrescentou.

O secretário de Cultura, Adão Cândido, elogiou o trabalho e a luta das escolas de samba do DF para manter viva a folia. Disse que Brasília precisa se reinventar e que a criação de um carnaval fora de época, em abril, no aniversário de Brasília, vai atrair turistas para a capital e valorizar a nossa forma de festejar o samba.
O secretário disse que é preciso fugir do senso comum de tentar copiar modelos tradicionais que funcionam, há décadas, em capitais como Rio de Janeiro e Salvador, e criar a própria identidade carnavalesca.
“Não podemos tentar emular o carnaval do Rio de Janeiro, porque ele é único e custa milhões – e ele mesmo está sendo posto em xeque. Não caberia nos cofres públicos do DF nem à economia criativa de Brasília.”

Adão Cândido pretende reunir, após o carnaval, os representantes das escolas de samba para alinhavar o carnaval para os próximos anos. O secretário informou que o governo também quer atrair investimentos da iniciativa privada. “Temos que trazer a iniciativa privada para que o nosso carnaval não seja um carnaval estatal.”
Moacyr de Oliveira Filho, presidente da Aruc, lembra que o carnaval das escolas existe há mais de 55 anos e representa um “traço legítimo da cultura local”. “O que a gente quer é a volta dos desfiles no carnaval, como sempre foi. Ainda que sob novo modelo, mais enxuto, com menos escolas”.
Aruc, Acadêmicos da Asa Norte, Águia Imperial de Ceilândia, Bola Preta de Sobradinho, Império do Guará, União da Vila Planalto e Lago Sul, são as agremiações do grupo especial do Distrito Federal.