GDF investe na retomada de obras de infraestrutura
Diante das restrições orçamentárias, o governo do Distrito Federal, está apostando em parcerias público privadas para concluir importantes obras de infraestrutura. São empreitadas capazes de amenizar os principais problemas viários e de mobilidade na capital federal.

Além de investir na retomada e na conclusão de obras iniciadas na gestão passada, busca também financiamentos com bancos públicos e com instituições internacionais para driblar a paralisia financeira que afeta não só o DF como os demais governos estaduais.

“Fizemos uma articulação com a Caixa para conseguir recursos que estavam praticamente perdidos, como R$ 140 milhões destinados ao Hospital do Câncer. Os trâmites entre o governo e a Caixa estavam estagnados e fizemos uma gestão para que esse dinheiro não fosse perdido. Ainda estamos negociando, mas as perspectivas são boas”, prevê o secretário Izídio Santos.

O secretário lembra que nos primeiros dois meses de gestão, o governo Ibaneis centrou recursos e esforços nas ações do SOS DF, que privilegiou a recuperação de vias, poda de árvores, remoção de lixo e desobstrução de redes de drenagem.
Nos próximos meses, a Secretaria de Obras espera entregar os primeiros empreendimentos iniciados no governo Rodrigo Rollemberg e que ficaram pendentes como o Trevo de Triagem Norte e o viaduto da Galeria dos Estados. “Iniciadas em novembro de 2018, as obras da reforma do viaduto do Eixão estão com 35% dos serviços executados. A previsão é que o viaduto seja entregue à população no final de abril e a revitalização da Galeria dos Estados em junho”, diz o secretário Izidio Santos.
O secretário informa que o Governo do Distrito Federal criou um Grupo Técnico para vistoriar os mais de 700 viadutos da capital federal e disseminar o que considera a melhor prevenção para evitar acidentes neste tipo de construção: a cultura da manutenção. “Já é consenso entre os especialistas que a falta de manutenção foi um dos principais motivos para a queda do viaduto. Diante disso, criou-se este grupo técnico com o intuito de vistoriar as pontes e viadutos e disseminar essa cultura. Deixaremos de ser reativos”, explicou Izidio Santos Junior, secretário de Obras.
Outra grande obra pendente é a urbanização do Sol Nascente, em Ceilândia, que também tem orçamento previsto de cerca de R$ 500 milhões. “A empreitada é executada por um consórcio, mas a conclusão depende de intervenções de empresas públicas, como a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), para a conclusão do pavimento e do sistema de drenagem. Ainda assim, o governo acredita que há chances de resolver a empreitada até o fim de 2019”, informa Izidio Santos.

Com relação a Vicente Pires, o secretário diz que lá o problema é mais complexo e esbarra em problemas burocráticos. O secretário Izidio fala que as intervenções naquela região administrativa são feitas por meio de 11 contratos, executados por diferentes empresas. “No total, apenas 30% das obras estão concluídas, mas, em alguns dos trechos, os atrasos preocupam. Uma das construtoras contratadas pelo governo faliu e foi preciso convocar a segunda colocada na licitação para concluir o serviço. “Isso tudo exige um enorme trâmite burocrático”, explica o secretário de Obras, Izídio Santos.

Ele lembra que, diante do crescimento contínuo e desordenado de Vicente Pires, as obras exigem constantes adaptações. “Em um projeto, havia a previsão de construção de uma lagoa, mas, no momento da execução, os engenheiros descobriram que casas haviam sido construídas no local. Isso exige readequação de projeto e de orçamento”, acrescenta Izídio. O orçamento total para a urbanização de Vicente Pires é de R$ 500 milhões. “A drenagem e a pavimentação de Vicente Pires estão sendo executadas em cima de cidade pronta. É uma lógica invertida que traz várias complicações”, explica o secretário de Obras.
Para viabilizar empreendimentos como a construção da Transbrasília, a nova saída norte e da expansão do metrô, o governo Ibaneis aposta nas parcerias público privadas (PPPs).