Físico brasileiro Marcelo Gleiser ganha Prêmio Templeton

O cientista carioca Marcelo Gleiser, professor de Física e Astronomia que ocupa a cátedra Appleton de Filosofia Natural no Dartmouth College, em Hanover, nos EUA, foi o primeiro latino-americano a ganhar o Prêmio Templeton de 2019, no valor de 1,4 milhão de dólares, por sua contribuição em promover a aproximação entre as ciências exatas e as ciências humanas.
No mesmo dia em que completa 60 anos de idade, Gleiser foi anunciado como o vencedor do prêmio que reconhece a contribuição de personalidades para grandes questões da humanidade. O valor pago é de R$ 5,5 milhões. A cerimônia de premiação será em 29 de maio, em Nova York.

O troféu foi criado em 1972 pela Fundação John Templeton, é considerado o “Nobel da Espiritualidade” e o prêmio ao vencedor simboliza, “uma contribuição excepcional à afirmação da dimensão espiritual da vida, seja por meio de insights, descobertas ou obras práticas”. Além do físico e astrônomo Marcelo Gleiser, personalidades como o Dalai Lama, Desmond Tutu e Madre Teresa de Calcutá já receberam o prêmio antes.
Para Gleiser, ciência e espiritualidade são dois lados de uma moeda só e que a ciência é o caminho para entendermos o mistério da existência humana. “A gente sabe que só vê parte da realidade. Essa conexão com o mistério que nos cerca, para mim, é profundamente espiritual. Meu discurso tem todo um lado ecológico e social. Informa pela ciência, mas constrói uma nova moral do século 21 para salvar nosso planeta e nossa espécie”, declara Marcelo Gleiser.
Gleiser é autor best-seller de livros como Criação Imperfeita, A Dança do Universo e A Simples Beleza do Inesperado. Ele ficou conhecido, anos atrás, por suas participações no Fantástico, explicando ao público conceitos astronômicos. Atualmente ele dirige o Institute for Cross-Disciplinary Engagement, na Universidade de Dartmouth, em New Hampshire, nos EUA. O instituto promove a aproximação entre as ciências exatas e as ciências humanas.