Brasil deixa a Copa do Mundo de cabeça erguida e Marta manda recado
A Seleção brasileira jogou muito, de igual para igual com a favorita França, quatro vezes campeã consecutiva da Champeons Liguie Feminina, no jogo deste domingo. Lutou durante os 90 minutos e lutou até o fim com muita raça e determinação. Não se entregou nem com o estádio lotado e a torcida torcendo contra. Na prorrogação Bia Zaneratto e Debinha quase levaram o Brasil para às quartas de final. Infelizmente faltaram pernas e banco de reservas.
Foi a França que levou a melhor com Amandine Henry que estava no lugar certo e virou o placar. Infelizmente, o resultado não foi o esperado, mas as guerreiras do Brasil honraram a camisa e nos encheram de orgulho. O sonho teve de ser adiado mas a raça, entrega e determinação continuam fortes para a próxima disputa.
O Brasil deixa a Copa do Mundo em Le Havre, no estádio Oceane, de cabeça erguida e com o fim de uma era. A volante Formiga, de 41 anos, não estará presente no próximo Mundial. A atacante Marta terá 37 anos e a centroavante Cristiane, 36 anos, terão que suportar mais um ciclo até a Seleção conseguir substitutas à altura. As três jogaram juntas cinco Copas e honraram a Seleção brasileira.
Na despedida de Formiga ficaram três certezas: o Brasil ainda não tem uma substituta à altura da melhor do mundo neste momento. Há qualidade no elenco, que precisa ser aprimorada, principalmente em fundamentos. E foi uma despedida de cabeça erguida.
A derrota para a França por 2 a 1 encerra mais um ciclo com uma mensagem importante da Rainha Marta, a capitã da Seleção, que se emocionou após eliminação da Copa do Mundo feminina elogiou a atuação das companheiras e levantou a bola para a nova geração de jogadoras do país.
“A gente deu o nosso melhor. Todas deram seu máximo. Foi um grande jogo. Já esperávamos tudo isso. Torcida contra e tantas coisas mais. Porém a gente fez um grande trabalho. Não conseguimos a vitória. A equipe delas foi melhor na definição. Agora é seguir em frente. Cabeça erguida. Muito orgulho dessa equipe”, disse emocionada, a maior artilheira em Copas do Mundo emocionada.

“A gente pede tanto apoio, mas também precisamos valorizar. É querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar quantos minutos forem necessários. É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Chorem no começo para sorrir no fim” afirmou Marta, chorando, na saída do campo.
Ao passar pela zona mista, Marta deu mais uma declaração sobre o futuro do futebol feminino no Brasil e destacou pontos fundamentais para a participação brasileira em outras disputas. “Acho primordial nesse momento é que todas que estão aqui, que passaram pela seleção, possam ter em mente que é importante o trabalho cedo para uma preparação para um grande campeonato como Copa, Olimpíadas. Não adianta querer fazer isso em segundos, meses. Tem que ser bem antes. Agora a gente já pensa nas Olimpíadas. Que elas tenham esse pensamento para trabalhar em cima disso e estar preparada para jogar um jogo desse e não sentir, jogando em alto nível”, destacou.
Valeu guerreiras do Brasil! Ganhar e perder faz parte do futebol e da vida. Bola pra frente. O Brasil todo está orgulhoso. Vocês nos inspiram. Deixam a França como vitoriosas que são. Valeu!