Papa concede indulgência plenária aos fiéis de todo mundo

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Papa Francisco dá a bênção “Urbi et Orbi” aos fiéis de todo mundo

O Papa Francisco percorreu sozinho a Praça São Pedro, no Vaticano, o lugar que atesta a fé rochosa de Pedro que chega a abrigar 300 mil pessoas, para abençoar o Planeta Terra e conceder indulgência plenária aos católicos de todo o mundo. O ato inédito demonstra  a gravidade da pandemia de coronavírus que esvaziou a praça, o Vaticano, a Itália e o mundo.

“Urbi et Orbi”, abençoou o Papa  à cidade e ao mundo, e todos os fiéis. Esta bênção extraordinária é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembra o nascimento e a morte de Jesus.

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Praça São Pedro no Vaticano

A bênção permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em um momento tão difícil, com medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas.

A Itália, país que circunda o Vaticano, por exemplo, perdeu 969 pessoas nas últimas 24 h para o Covid-19. Já somam 9.134 mortos pelo coronavírus e 86.498 pessoas infectadas na Itália.

A imagem do líder máximo do catolicismo, um idoso de 83 anos, que não tem uma parte dos pulmões, com dificuldade de locomoção, rezando sozinho debaixo de chuva, diante da imensa esplanada pelo fim deste inimigo invisível é marcante e tocou o coração de todos nós. Minha gratidão Papa Francisco, vida longa! O 27 de março de 2020 está marcado no meu coração e na minha vida, pela generosidade, luz e esperança do abençoado Francisco.

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Papa Francisco concede indulgência plenária aos fiéis de todo mundo

Na oração, o papa ressaltou a avidez pelo lucro, que fez com que muitos não despertassem face a guerras e injustiças planetárias. “Não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo”, disse. “Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: ‘Acorda, Senhor!'”, rezou. Francisco também aproveitou para valorizar aqueles que estão se dedicando a cuidar dos doentes.

“A vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezais as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita”, pediu o pontífice.

“É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida… É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho…”, prosseguiu.

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Papa Francisco concede indulgência plenária aos fiéis de todo mundo

A bênção “Urbi et Orbi” ocorreu diante do crucifixo da Igreja de São Marcelo, que, em outras ocasiões de calamidades foi considerado milagroso, como na peste que assolou o mundo em 1522.

A tempestade nos mostra que não somos autossuficientes, que sozinhos afundamos. Por isso, devemos convidar Jesus a embarcar em nossas vidas. Com Ele à bordo não naufragaremos porque esta é a força de Deus: transformar em bem tudo o que nos acontece, inclusive as coisas negativas. Com Deus a vida jamais morre”.

No Brasil a situação não é nada esperançosa. Com fé e acreditando que algumas ‘tempestades’ são necessárias para limpar nossa visão sobre o que realmente importa,  logo, logo vamos sair desta pandemia mais fortalecidos. #fiqueemcasa. #fé #Deus.