Tricampeonato Mundial da Seleção Brasileira completa 50 anos

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Em 21 de junho de 1970, a Seleção Brasileira levantou pela terceira vez a Taça Jules Rimet ao vencer a Itália por 4 a 1, no Estádio Azteca, no México.

Neste domingo, 21 de junho de 2020, em meio a pandemia de saúde pública que já contaminou mais de um milhão de pessoas e a dor de perder mais de 50 mil vidas brasileiras, mesmo com a vida transformada numa montanha-russa, vamos, mesmo que seja por um instante, ocupar nossa mente com o saudosismo da arte do futebol.

Vamos então relembrar o Tricampeonato Mundial da Seleção Brasileira e reverenciar e agradecer aqueles que proporcionaram tantas alegrias para o povo brasileiro.

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Time do Brasil da conquista do Tri na Copa do Mundo no México

O Brasil foi a primeira e única seleção a ganhar todos os seus jogos das eliminatórias e também no Mundial. Seis vitórias, 23 gols a favor (média de 3,8) e dois contra no caminho para o México. Na Copa do Mundo  mais seis vitórias, 19 gols pró (3,17 de média) e sete contra.

O ano de 1970 marcou aquela que para muitos é a maior seleção de todos os tempos. No México, um time recheado de craques garantiu para o Brasil o tricampeonato mundial, que completa 50 anos. E um momento também especial para o futebol brasileiro que passou a ser reverenciado pelo mundo.

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Imprensa repercute o Tricampeonato da Seleção Brasileira no México

Os tricampeões mundiais de 1970, comandados por Zagallo foram:

  • Goleiros:  Felix – Fluminense, Ado – Corinthians e Emerson Leão – Palmeiras
  • Defensores:  Carlos Alberto Torres – Santos,  Zé Maria – Portuguesa, Marco Antonio – Fluminense, Everaldo – Grêmio, Brito – Flamengo, Piazza – Cruzeiro,Baldocchi – Palmeiras, Fontana – Cruzeiro, Joel – Santos.
  • Meias: Clodoaldo – Santos, Gerson – São Paulo, Rivellino – Corinthians, Paulo Cezar Caju – Botafogo.
  • Atacantes: Jairzinho – Botafogo, Pelé – Santos, Roberto Miranda – Botafogo, Dario – Atlético-MG, Edu – Santos, Tostão – Cruzeiro.
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Pelé, orgulhoso com a Taça do Tricampeonato da Seleção Brasileira no México

Pelé foi o único jogador a participar e ganhar três copas seguidas e Jairzinho marcou em todas as partidas: sete gols em seis jogos. O gol de Carlos Alberto Torres, o Capita, foi uma obra-prima. A Copa do Mundo de 1970 transcendeu os gramados ao chegar nos lares de centenas de pessoas com a primeira transmissão ao vivo e a TV tinha cores.

Zagallo aos 39 anos uniu as melhores qualidades dos jogadores para consolidar o impecável grupo, ainda que fossem necessárias muitas etapas até que a conquista realmente se tornasse concreta. A Seleção de Zagallo conseguiu as proezas de vencer, encantar todos e trazer um legado nunca visto para o futebol moderno.

Mais do que saudosismo  é fato histórico. No auge do regime militar no Brasil, com perseguições políticas, torturas e mortes de opositores, uma constelação de craques mostrava ao mundo em 1970 que a verdadeira magia do futebol vestia definitivamente as cores verde, amarela e azul.

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Presidente da CBF Rogério Caboclo e os craques do Tri no México

Os 50 anos do Tricampeonato Mundial da Seleção Brasileira, começaram a ser comemorados pela CBF, em fevereiro, quando foi inaugurada a estátua de cera de Pelé no Museu Seleção Brasileira. A homenagem marcou o início das celebrações dos 50 anos do Tri e do 80º aniversário do maior jogador de todos os tempos. A peça foi lançada com a presença de nove campeões mundiais que conquistaram a Copa ao lado de Pelé.

Em um gesto de reconhecimento e agradecimento, a CBF preparou uma série de ações para homenagear os campeões e relembrar o feito realizado no México. O prédio da CBF foi envelopado para comemorar os 50 anos (1970 – 2020) do Tricampeonato da Copa do Mundo.

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Estátua de cera de Pelé no Museu da Seleção Brasileira, inaugurada no dia 20/02/2020

A CBF enviou réplicas em miniatura da Jules Rimet para os protagonistas daquela conquista junto com o passaporte Embaixador da Seleção Brasileira. “Temos muito orgulho dessa Seleção pelo legado que deixou e pela admiração que conquistou no mundo todo. Foi um time fantástico e que merece todas as homenagens. Gostaríamos de reuni-los novamente, como já fizemos em fevereiro, mas com essa impossibilidade preparamos várias ações para confraternizarmos com eles à distância. O mais importante é que possamos relembrar ao torcedor brasileiro o quão fantástica é esta equipe”, afirma o presidente da CBF, Rogério Caboclo, em comunicado.

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CBF homenageia os craques do cinquentenário do Tri com réplicas da Taça Jules Rimet

O passaporte de Embaixador permite o acesso gratuito a todas as partidas de competições promovidas pela CBF, além de direito à passagens e hospedagem sempre que quiserem visitar a sede da CBF. Os craques de 1970 são representante oficial da CBF em ações de cunho social, educativo e institucional. Por meio do projeto, os atletas que conquistaram o Tri, e que tiverem interesse e disponibilidade, terão um contrato remunerado com a CBF e participarão desses eventos em consonância com suas possibilidades.

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Carlos Alberto, o capita, com a Taça Jules Rimet

“Quando se fala em futebol brasileiro, os Tricampeões de 70 são uma referência e uma memória indissociáveis. O talento dessa equipe brilhante gerou algumas das imagens mais icônicas da nossa Seleção. São os eternos Embaixadores da Seleção”, afirma Caboclo.