Parque Olivas de Gramado proporciona experiência sensorial da olivicultura
O Rio Grande do Sul, junto com a Serra da Mantiqueira, região montanhosa entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, é um dos principais polos produtores de azeite de oliva extravirgem no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura (IBRAOLIVA), dos 230 mil litros de azeite produzidos no país, em 2019, o Rio Grande do Sul foi responsável por 180 mil litros.
Em Gramado a produção é favorecida pela altitude da região que está a mais de 800 metros do nível do mar, estações bem definidas e equilíbrio entre horas de sol e temperaturas baixas. Aproveitando esta condição o azeitólogo André Bertolucci idealizou um parque para proporcionar experiência sensorial da olivicultura.
O Parque Olivas de Gramado tem turismo rural em uma área preservada sobre um cânion do Rio Caí com 12 mil oliveiras, cuja primeira safra acaba de ser colhida, após um longo preparo do terreno que levou oito anos. O local reúne cultivo de oliveiras, restaurante de comida afetiva e vivências com a natureza.
A cidade de Gramado,que atrai turistas por seu clima e belezas naturais, oferece agora mais uma atração: visitação e experiência sensorial da olivicultura. Dos 1.200 tipos de olivas que há no mundo, Gramado conta com seis variedades: arbequina, picual, frantoio, koroneiki, coratina e manzanilla. A floração ocorre em setembro e a colheita manual, na segunda quinzena de março. Duas oportunidades para os turistas vivenciarem os mistérios das oliveiras.
A experiência começa com uma introdução sobre a olivicultura e os benefícios da dieta mediterrânea, e termina com análise sensorial de reconhecimento de um azeite de qualidade. Tudo isso acompanhado de harmonização de comidinhas com diferentes tipos de azeite, como as infusões com limão-cravo e baunilha, ervas da Provença e até canela.
“A azeitona que gera o azeite não é a mesma que você come, pois as variedades para extração de azeite de oliva são diferentes, contêm menos polpa e mais óleo”, explica André Bertolucci.
O azeitólogo explica que azeite bom é azeite novo. “Conforme envelhece, o azeite oxida e sofre alterações que influenciam no paladar e no aroma”. A dica na hora de comprar é observar o grau de acidez, que para ser um extravirgem precisa ser de 0,1 a 0,8.
Bertolucci explica que a arbequina traz notas mais amendoadas, a picual é mais picante e a frantoio tem maior amargor e média picância. Por isso ele recomenda usar azeite de alberquina em carnes porque é mais suave e não ofusca o sabor do prato.
O empresário André Bertolicci sugere que os consumidores privilegiam os produtos brasileiros e diz que os produzidos no Hemisfério Sul, como Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, são mais em conta que os da Europa.
O parque também tem como atrativo uma fazendinha de animais de pequeno porte como pôneis, cabras, coelhos,galinhas, minivaca e miniporcos,para a diversão das crianças. Cada animalzinho tem a sua casa, e cada uma tem a sua arquitetura e decoração próprias. No centro da Fazendinha, um lago com patinhos dá um tom ainda mais bucólico.
Enquanto se contempla a paisagem dos cânions, lagos e plantações de azeitonas, os visitantes podem saborear pratos que valorizam a identidade cultural da Serra Gaúcha. Uma experiência gastronômica fantástica na Trattoria do Olivas.
Além dos azeites e infusões, a lojinha, que fica logo na entrada da casa principal, oferece uma grande variedade de produtos orgânicos produzidos com azeite de oliva, como cremes, sabonetes artesanais, shampoos, condicionadores, sais de banhos e outros itens desenvolvidos exclusivamente para o Olivas.
O Parque é a prova de que grandes empreendimentos turísticos podem conviver harmonicamente com a natureza. O local proporciona experiência gastronômica, cultural e de contato com a natureza.
O Parque Olivas de Gramado abre todos os dias, das 10h às 18h, com exceção das quartas-feiras e fica na Rua Vereador José Alexandre Benetti – Linha Nova. Tem transporte gratuito dos hotéis de Gramado. Basta agendar pelo telefone (54) 3286-1382 ou whatsapp (54) 99610-7626.
