Dom Giambattista Diquattro é escolhido representante do Papa no Brasil

O Papa Francisco escolheu o arcebispo Dom Giambattista Diquattro, como maior autoridade católica no Brasil. Ele assume o cargo no lugar do arcebispo Dom Giovanni D’Aniello, que se despede do Brasil após oito anos e que vai para a Rússia. A notícia foi dada neste sábado pelo site “Vatican News”, canal de comunicação da Santa Sé.
O núncio é uma espécie de embaixador da Santa Sé nos países. Além de representante diplomático e eclesial máximo do papa, participa da escolha de novos bispos e das transferências deles entre dioceses e prelazias. O núncio ocupa é tradicionalmente tratado como o decano do corpo diplomático estrangeiro. E Brasília é considerada uma “embaixada” de primeira linha, pelo fato de o País ter a maior quantidade de católicos no mundo.

Giambattista Diquattro nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954. É arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981. Tem mestrado em Direito Civil pela Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.

Giambattista entrou para o serviço diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões nas representações pontifícias na República Centro-Africana, Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Vaticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália. Dom Diquattro era até agora núncio apostólico na Índia e Nepal.
Além de representante diplomático e eclesial máximo do Papa, o núncio participa da escolha de novos bispos e das transferências deles entre dioceses e prelazias, estrutura institucional da Igreja Católica.

Ao se despedir do nosso país Dom Giovanni D’Aniello disse que no Brasil pôde encontrar uma Igreja que lhe deu “alegria de viver a fé, a proximidade com as gentes, sobretudo nas dificuldades das regiões mais difíceis”. Segundo o arcebispo italiano , a vivência no Brasil o deu “a confirmação de que quanto mais a gente fica unido, mais a gente dá o testemunho verdadeiro”.
“Vou levar na mala todas as recordações do Brasil, mas sobretudo a gratidão por ter vivido esses anos aqui”, declarou Dom Giovanni D’Aniello.