Babosa :a rainha das plantas medicinais para o autocuidado

O conhecimento em torno das propriedades medicinais das plantas é milenar e muito popular. A Babosa,também conhecida como Aloe vera, uma das preferidas de Cleópatra rainha do Egito, que ficou conhecida como planta da imortalidade, por ser especial por melhorar a saúde da pele e do cabelo.
A rainha das plantas medicinais é muito usada para o autocuidado, seja no cabelo, na pele e para a saúde em geral. Suas propriedades respondem às necessidades básicas e primárias da pele. Todos os tipos, da oleosa à seca, precisam de nutrição e regeneração e a babosa é ideal para isso.
Além de ser importante para a cosmetologia, as propriedades medicinais da Aloe vera são igualmente poderosas. Estudos comprovam que ela é considerada antiviral, antimicrobiana, antiinflamatória e muito mais.

A babosa é rica em nutrientes, sendo assim excelente para a saúde. Além de conter 20 minerais, entre eles o cálcio, magnésio, potássio e zinco, possui 12 vitaminas, como a A, C, E e do complexo B. Possui também 18 aminoácidos, fitonutrientes, enzimas e muito mais. Não é a toa que é rica em benefícios para a saúde.
A planta herbácea, também é chamada de Babosa de Botica, Erva Babosa, Caraguatá, ou Babosa de jardim, cresce em qualquer tipo de solo, mas se adapta melhor aos terrenos leves e arenosos, não exige muita água. Suas folhas verdes, grossas e suculentas medem de 30 a 60 centímetros de comprimento, com flores vistosas de tonalidade branca e amarelada.
As folhas da Aloe vera, babosa, podem ser divididas em três partes: a primeira é o látex, suco extraído da porção externa; a segunda é a central, gelatinosa, que se constituiu de água, polissacarídeos, além de outros 70 componentes, tais como vitaminas A, B, C e E, cálcio, potássio, magnésio, zinco, aminoácidos, enzimas e carboidratos com polissacarídeos; e, por fim, a terceira é a cutícula, também externa.

Diante dessa composição, o que mais influencia na qualidade e no efeito final do uso são os cuidados na extração dos princípios ativos, assim como seu processamento e armazenagem. Mas, afinal, por que a Aloe vera é tão potente?
Estudo publicado no Iranian Journal of Medical Sciences, a Aloe vera ou Babosa consegue reter a umidade e integridade da pele, ajudando a combater até úlceras. Isso acontece porque a planta é constituída de 96% de água e 4% de moléculas de carboidratos, traz consigo a capacidade de penetrar profundamente nas três camadas de pele (derme, epiderme e hipoderme).
O gel obtido no corte da folha ajuda a:
- Restituir os líquidos perdidos e reparar os tecidos de dentro para fora nas queimaduras – de sol ou de fogo;
- Agir sobre fissuras, cortes, ralados ou quaisquer outras perdas de tecidos, acelerando a cicatrização. Seus efeitos antiviral, antibacteriano e antisséptico auxiliam ainda no tratamento do herpes simples, herpes zoster e da candidíase;
- Por meio dos polissacarídeos ricos em hidrogênio, estimula a produção de colágeno;

Segundo um estudo publicado no Iranian Journal of Medical Sciences, a Aloe vera consegue reter a umidade e integridade da pele, ajudando a combater até úlceras.
A presença de polissacarídeos diminui os efeitos do envelhecimento da pele, então: Contribui para rejuvenescer as articulações e tratar bursite, tendinite e artrite reumatoide, uma doença autoimune que faz com que o sistema imunológico ataque seus próprios tecidos. Por ajudar a controlar a inflamação dos locais mais afetados, que são pulso e dedos, amenizam o desconforto;
O enxofre presente na composição hidrata o tecido corporal e age contra o enrijecimento dos órgãos.
Uma pesquisa de 2015, disponível no Journal of Pharmacy & BioAllied Sciences mostrou que: – A planta tem efeitos benéficos nos tratamentos de vários problemas odontológicos, entre eles estomatite aftosa, gengivite e periodontite. Além disso, o gel dentário produzido com a planta se mostrou mais eficaz no controle de bactérias que causam cáries.
O gel de babosa (aloe vera) pode ser feito de uma vez e usado durante uma semana, desde que esteja em um pote fechado, dentro da geladeira.
Como fazer Gel de Babosa
- Use 6 folhas de uma planta, com, no máximo, 3 anos de idade;
- Lavar bem as folhas, os espinhos podem ser retirados com uma faca ou cortador de queijo:
- Faça os cortes, até a pontinha, debaixo de água corrente e sempre na vertical, para drenar o aloin (substância amarelada causadora de cólicas nos intestinos, no útero e eczemas na pele);
- Retire a parte transparente de dentro com uma colher, evitando retirar a casca e ponha em uma tigela;
- Misture bem com a colher ou um garfo até virar uma pasta lisa, se aparecer um pouco de espuma, não se espante. É normal;
- Se preferir, pode bater rapidamente no liquidificador ou processador, sem adicionar água.

Um estudo feito sobre a babosa, publicado em abril de 2020, avaliou o efeito do pó de extrato de Aloe vera em pessoas em situação de pré-diabetes que estavam depressivas Nele, 72 pessoas foram divididas em três grupos, dois tratados com quantidades diferentes do extrato (300mg e 500mg) e o terceiro com placebo. Os resultados indicaram que, em oito semanas, é possível reduzir significativamente os escores médios de depressão naqueles em que foram administradas 500mg do pó.
Mesmo com todos estes benefícios comprovados no exterior, a Anvisa não recomenda a planta para consumo alimentar porque ela possui antraquinonas, compostos tóxicos de efeito laxante e que podem causar irritação no intestino.Essa substância fica no látex das folhas e na camada amarela logo abaixo delas, por isso é necessário retirá-las antes de preparar o suco. No caso de gestantes, a ação laxativa pode provocar contração uterina.
Nutricionistas defendem o uso do suco in natura, desde que seja retirada a antraquinona. Não use o suco de babosa ou Aloe vera sem recomendação médica ou nutricional.
Fontes: Jamar Tejada, farmacêutico naturopata graduado pela Universidade Luterana do Brasil (RS) com pós-graduação em ciências homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP). Carla Aparecida Pedriali Moraes, docente de pós-graduação do curso Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac (Santo Amaro) e doutora em fármacos e medicamentos na área de produção e controle farmacêuticos (cosméticos) da USP (Universidade de São Paulo.