Juliano Moreira: psiquiatra brasileiro que combateu o racismo cientifico
O #Doodle deste 6 de Janeiro, é uma homenagem ao médico psiquiatra brasileiro Juliano Moreira, nascido nesta data em 1872,em Salvador, Bahia. Relatos contam que sua mãe era escrava e trabalhava em uma casa de aristocratas na Bahia. Só em 1888 o Brasil aprovaria a Lei Áurea, que determinava o fim da escravidão.
Os relatos históricos sobre a vida de Juliano Moreira destacam a condição de pobreza na origem dele e o fato de que teve que vencer fortes obstáculos para entrar na Faculdade de Medicina da Bahia aos 13 anos. Com apenas 18 anos, ele estava formado e era um dos primeiros médicos negros do país, segundo a Academia Brasileira de Ciências.
O professor da Faculdade de Medicina da Bahia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é considerado como o fundador da disciplina psiquiátrica e da psicanálise no Brasil pelos avanços por ele promovidos, segundo artigo do Brazilian Journal of Psychiatry.
Dr. Juliano combateu incansavelmente o racismo científico e a falsa ligação de doença mental à cor da pele. O espetacular médico revolucionou o tratamento das pessoas com transtornos mentais no Brasil no início do século 20.
Em 1903, Dr. Juliano Moreira assumiu a direção do Hospício Nacional de Alienados, no Rio de Janeiro. Lá, ele aboliu o uso de camisas de força, retirou grades de todas as janelas e separou pacientes adultos de crianças.
Fundou e presidiu a Academia Brasileira de Ciências e recebeu Albert Einstein em sua primeira visita no Brasil. Representou dignamente o Brasil em congressos médicos no exterior.
Dr. Juliano Moreira faleceu de tuberculose no dia 02 de maio de 1933, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Após sua partida um hospital psiquiátrico em Salvador, Bahia, foi batizado com seu nome.
Viva o médico Juliano Moreira, um dos grandes nomes de estudiosos negros relevantes na história do Brasil.
