Dia de São Bento: significado e simbologia da medalha do santo protetor
Neste domingo, 11 de julho, é comemorado o Dia de São Bento, considerado o Pai dos Monges, o Fundador da Ordem dos Beneditinos, sendo conhecido por fundar inúmeros mosteiros em todo o Velho Continente.
A sua festa litúrgica no dia 11 de julho, simboliza a data da transladação de suas relíquias para a Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire, na França.
Em 1942, o Papa Clemente XIV aprovou o uso da medalha de São Bento, oficializando-a como um instrumento de adoração e devoção de fé.
Medalha de São Bento
A medalha de São Bento é um dos maiores símbolos e heranças deixados por esse santo, e seus significados e simbologia são de extrema importância para a Igreja Católica e para todos os seus devotos.
As primeiras medalhas, confeccionadas no Mosteiro de Montecassino, mantêm como símbolo principal a cruz, muito usada pelo santo em diversas situações, incluindo aquelas em que evitou por várias vezes a morte. Para ele, o sinal da cruz era como um sinal de coisas boas sendo feitas, um sinal de vitória contra o mal e a morte.
Oração da Medalha de São Bento
“A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”
Para entender a imagem do santo, é necessário compreender todos os objetos que nela se encontram, como a taça, o cajado, o livro, o hábito e a mão abençoando.
A Mão Abençoando
Em sua imagem, São Bento também pode ser representado com uma mão abençoando, que representa um ensinamento precioso: “Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança” (Pedro 3:9).
A Taça
Enquanto dirigia seu mosteiro de maneira rigorosa, São Bento quase foi envenenado pelos monges que lá viviam. Isso só não aconteceu porque, ao fazer o sinal da cruz antes de beber seu vinho, a taça se quebrou, mostrando que aquela bebida oferecia risco à vida do santo. Sendo assim, após esse evento, São Bento compreendeu que nada mais poderia ser feito por aqueles homens que não conseguiam se adaptar às suas regras e deixou aquele mosteiro.
O Livro
O livro representa as regras de São Bento, reunindo todos os preceitos considerados essenciais para a vivência em uma comunidade monástica cristã. Simples e diretas, as regras são seguidas por todos os mosteiros beneditinos até hoje.
De uma maneira resumida, a Regra de São Bento parte do conceito de “Orar e Trabalhar”. Trabalhando, a mente está ocupada, propiciando aos seres humanos crescimento e desenvolvimento.
O Hábito Preto
Além de significar sobriedade e humildade, o hábito preto é ainda o principal símbolo da Ordem Beneditina, utilizado até hoje por todos os seus adeptos.
O Cajado
Como um pastor usa seu cajado para guiar seu rebanho, as regras e ensinamentos de São Bento guiam todos os membros da Ordem Beneditina.
Oração de São Bento para obter graças
“Ó, glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo a vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições. Que nas famílias reine a paz e a tranquilidade; afastem-se todas as desgraças, tanto corporais como espirituais, especialmente o pecado. Alcançai do Senhor a graça que vos suplicamos, obtendo-nos finalmente que, ao terminar nossa vida neste vale de lágrimas, possamos louvar a Deus”.
São Bento de Núrsia nasceu na Itália (Benedito da Nórcia) no ano 480. Ele é considerado o Pai do Monaquismo Ocidental, ou seja, da abdicação dos objetivos comuns dos homens em prol da prática religiosa. Depois de viver vários anos como eremita, São Bento foi eleito abade, superior dos monges e viveu entre eles em um mosteiro na Itália.
Foi o fundador do Mosteiro do Montecassino, onde escreveu as regras que os verdadeiros monges deviam seguir, inspirando outras ordens religiosas. Também criou a Ordem dos Beneditinos, uma das principais ordens monásticas do mundo.
Por sua contribuição à civilização europeia, o Papa Paulo VI declarou São Bento o padroeiro principal da Europa, em 1964.
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