Ator Luis Gustavo, o Vavá, morre aos 87 anos de câncer

O Brasil perdeu, no domingo dia 19 de setembro, uma figura talentosa, querida e carismática, que conquistou o público com primorosas interpretações que ficaram na história. O ator Luis Gustavo, faleceu de complicações de um câncer no intestino. A informação foi confirmada em comunicado da TV Globo e pelo sobrinho Cássio Gabus Mendes.
Luis Gustavo Sánchez Blanco era casado com Cris Botelho. O ator tinha dois filhos: Luis Gustavo, de seu relacionamento com Heloísa Vidal; e Jéssica, fruto do casamento com a atriz Desireé Vignolli. Ele deixa também a neta, Marina, e os sobrinhos, os também atores Tato Gabus Mendes e Cassio Gabus Mendes.
Interprete de grandes personagens cômicos da telenovela brasileira, como o Vavá do humorístico Sai de Baixo, o detetive Mário Fofoca, da novela Elas Por Elas e o estilista Victor Valentim da primeira versão da novela Ti-Ti-Ti e “Beto Rockfeller” que revolucionou também o modelo de interpretação dos atores.

Nas redes sociais, Cassio lamentou a morte de Tatá, apelido que acompanhou Luis Gustavo por toda a vida. “Luis Gustavo! Informo que meu querido Tatá, faleceu hoje, vítima de câncer! Descanse na luz e na paz!!! Obrigado por tudo, meu amado tio”. Em solidariedade, muitos artistas prestaram homenagens ao ator, também nas redes sociais.
De pais espanhóis Luís Amador Sanchez e Helena Blanco e nascido em 2 de fevereiro de 1934, em Gotemburgo, na Suécia, Luis Gustavo Sánchez Blanco, chegou ao Brasil ainda criança e adotou São Paulo como cidade do coração. O ator passou os últimos anos morando em Itatiba, no interior de São Paulo.


Começou a carreira trabalhando durante cinco anos atrás das câmeras, sendo contrarregra, auxiliar de iluminação e cinegrafista. Em seguida, tornou-se assistente de direção de vários programas, entre eles, o teleteatro TV de Vanguarda. Foi lá que, por acaso, fez a sua estreia como ator, na peça “Mas Não se Matam Cavalos”, de Horace McCoy.
Sua primeira novela foi “Se o Mar Contasse”, na TV Tupi, em 1964. Também na emissora, atuou em “O Sorriso de Helena”, “O Direito de Nascer”, “O Amor Tem Cara de Mulher” e “Estrelas no Chão”.

No teatro, em 1967, ganhou o prêmio de melhor ator da APCT (Associação Paulista de Críticos de Teatro) pela atuação em “Quando as Máquinas Param“, de Plínio Marcos.
Seus últimos trabalhos na TV Globo foram “Brasil a Bordo” e “Malhação: Vidas Brasileiras”, ambos exibidos em 2018.
Obrigada por toda contribuição que você deu para as artes e para a cultura brasileira. E, principalmente, pelos momentos de alegria e descontração. Gratidão Luis Gustavo, você foi um grande mestre na atuação e na vida de quem teve a honra de te conhecer, te assistir e estudar com você.
Descanse na luz e na paz. Que os anjos te recebam junto ao Pai, Senhor Deus do Universo.
Fotos: Reprodução, Divulgação