Animal de estimação não é brinquedo, é um compromisso de longa data

Com a chegada do final de ano, muitas pessoas querem surpreender e encantar as pessoas que amam com presentes especiais. E, na corrida para escolher o melhor item, um gato ou cão se torna uma opção irresistível, principalmente para as crianças.

A dica dos especialistas é: não dar um animal de estimação para familiares, sem antes planejar ter um. Quem dá um pet de presente para um amigo dá, também, responsabilidade por 10 a 15 anos. Mesmo com a melhor das intenções, é preciso saber se a pessoa quer porque ser tutor de um pet é um compromisso de longa data que nem todos estão prontos para assumir.

Quem está preparado para esta missão, a adoção salva a vida de um bichinho que poderia estar nas ruas, abandonado, morrendo de fome e possivelmente sofrendo de maus tratos. Além de levar um novo companheiro para a casa, você está salvando a vida de um ser e dando a ele a oportunidade de receber amor em um lar seguro. Além do mais ao adotar um animal, a gente ensina aos filhos os valores de responsabilidade, comprometimento e, sobretudo, humanidade.

“A pessoa que adota um ser vivo em dificuldade e oferece carinho e atenção para ele, aumenta sua autoestima em função dessa bela atitude”, diz o veterinário Paulo Henrique de Carvalho, do Centro Veterinário Asa Sul.

Para que esta relação seja profícua é necessário estar disposto a assumir responsabilidades. É importante pesquisar sobre o perfil ideal, custos, tempo livre para se dedicar ao animal, além de preparar a sua chegada e a integração com o novo lar.

“Quem têm crianças deve explicar que o pet não é brinquedo e sim um ser vivo que merece cuidado. Durante a adaptação os pais devem supervisionar o tempo deles juntos porque nem todos animais gostam de abraços e podem reagir de forma agressiva”, diz Paulo Henrique.

Para ter animal de estimação em casa é necessário:

Condições financeiras para assumir as despesas com o pet

Ter um gato ou cão em casa gera custos, por isso, lembre-se de checar se o orçamento estipulado para cuidar do pet contempla emergências médicas, alimentos, brinquedos, itens de higiene, vacinas, visitas ao Médico-Veterinário. É recomendado pelo menos um check-up ao ano para o acompanhamento da saúde do pet

Descubra qual pet se adequa à sua rotina

Antes de escolher o pet, é importante ter uma conversa com um Médico-Veterinário para que ele possa tirar todas as suas dúvidas e até mesmo recomendar criadores, ONGs e abrigos que sigam diretrizes de bem-estar responsáveis e que podem auxiliá-lo na busca por um novo amigo. Busque informações sobre as características do pet, níveis de energia do porte, espaço necessário para que ele tenha qualidade de vida. Existe um pet para cada perfil. Cada animal de estimação é diferente. Sua personalidade, tamanho, nível de energia e temperamento podem dificultar a sua adaptação e ainda deixá-lo irritado e estressado.

Antes do pet chegar, defina o responsável

Além de custos, um gato ou cão precisa de tempo! Isso mesmo, um tutor precisa dedicar uma parte do seu tempo para brincar e interagir com o seu animal de estimação. Por isso, é fundamental que todos da família participem da rotina do animal, e seja definido uma pessoa como o seu responsável, para que o bichano seja assistido, em todas as suas necessidades.

Cuidando da alimentação

O alimento é o combustível que vai dar ao seu pet saúde, nutrição e qualidade de vida. Ao escolher como alimentar seu cão e gato, é importante levar em consideração as individualidades de cada um, como raça, porte, se ele tem alguma sensibilidade ou se tem alguma alergia alimentar.

A melhor maneira de alimentar os pets é através de uma rotina pré-estabelecida. Por isso, o ideal é sempre fornecer o alimento no mesmo local e horário. Evite deixar o alimento disponível o tempo todo para que o animal não ganhe muito peso. Forneça pequenas porções ao longo do dia e fique atento à quantidade de alimento indicado na embalagem. Também é muito importante realizar a transição de alimentos de forma gradual quando a dieta do filhote mudar.

Prepare a casa para receber o pet

O espaço físico do seu animal de estimação é importante. Alguns pets precisam de mais estímulo mental e espaço e outros são mais adequados para ambientes pequenos.

Ensine limites

Até o pet se adaptar com o novo lar é preciso impor limites para que ele saiba o que pode e o que não pode fazer, além de ensinar as regras de coexistência (local para fazer as necessidades, local para colocar um arranhador, espaço para alimentação e para descanso, momento para brincar em casa e passeios. Os primeiros meses de convivência são importantes para definir o comportamento do animal.

Adaptação com outros animais

Quem tem outro animal em casa deve procurar apresentar o novo integrante da família sob supervisão, até que todos estejam familiarizados. Locais para dormir e se alimentar devem ser separados para evitar conflitos. Gatos gostam de ficar isolados e não dividem a caixa de areia. Também é preciso ficar atento para não demonstrar mais preferência por um dos animais.

Contar com um gato ou um cão na família é uma das experiências mais gratificantes e maravilhosas. Com o planejamento correto, a convivência será harmoniosa e o pet terá uma casa feliz para a vida toda.

Fotos: Reprodução