Janeiro Verde: mês de prevenção ao Câncer de Colo de Útero

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O câncer de colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV)


Janeiro é o mês de conscientização
para o câncer de colo do útero, terceiro tipo de tumor mais incidente no Brasil, somando anualmente cerca de 16 mil casos e mais de 5 mil óbitos, números que o classificam como grave problema de saúde pública no país.


O câncer de colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV), principalmente os subtipos chamados de oncogênicos, sendo que o 16 e o 18 estão presentes em 70% dos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.


O Janeiro Verde é uma forma de conscientizar sobre a importância dos exames preventivos e ficar atenta sobre os sinais do corpo. Segundo o INCA, o câncer de colo, também chamado de câncer cervical, é o terceiro tumor maligno mais incidente entre a população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), excetuando-se o câncer de pele não-melanoma. É, ainda, a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, em mais de 90% dos casos, trata-se de uma doença passível de prevenção e curável quando diagnosticada em estágios iniciais.

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A vacinação, o uso de preservativos durante todas as relações sexuais e o diagnóstico precoce por meio dos exames ginecológicos, principalmente o Papanicolau, são as medidas indicadas para prevenção do Câncer do Colo do Útero.


A vacina contra o HPV é uma das ferramentas para a prevenção ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Ministério da Saúde implementou, em 2014, no Sistema Único de Saúde a vacinação gratuita para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério ampliou a vacinação para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.


A vacina anti-HPV foi introduzida em 100 países como parte dos esforços da Organização Mundial de Saúde (OMS) para eliminar o câncer cervical. Segundo o braço da organização nas Américas, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o câncer de colo de útero é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe.

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Janeiro verde – mês de prevenção ao câncer de colo de útero

A diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e Coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos, Dra. Angélica Nogueira, explica que a vacinação anti-HPV é essencial para enfrentar a doença. “Embora a vacina esteja amplamente disponível na rede pública, há a necessidade de buscar melhor aderência da população-alvo, que são meninas dos 9 aos 15 anos e meninos dos 11 aos 15 anos. Nos últimos anos, com a retirada da vacinação contra o HPV nas escolas públicas, tivemos uma queda significativa dos índices de cobertura vacinal, partindo de 90% em 2014, para 52% em meninas e 22% em meninos em 2019”.


Mesmo com a vacinação anti-HPV e os exames ginecológicos, principalmente o Papanicolau, disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), ainda se nota insuficiente conscientização para mulheres quanto à necessidade de realizarem esses exames e grandes barreiras de acesso a eles ou a técnicas mais modernas e eficazes de rastreamento, bem como ao tratamento de lesões precursoras curáveis.


Estimativas do Ministério da Saúde indicam que apenas 16% das mulheres de 25 a 65 anos realizam exames ginecológicos no país, número que representa aproximadamente metade do mínimo indicado pela Organização Mundial de Saúde.

A SBOC alerta que ainda há um longo caminho a ser percorrido rumo à eliminação do câncer de colo do útero, mas com a união de forças das sociedades de saúde na conscientização da população, na divulgação de programas de vacinação, no aprimoramento e atualização dos exames de rotina e no aumento do acesso a melhores tratamentos em todas as regiões do país, o país pode alcançar essas metas dentro do prazo estabelecido.

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Não podemos retroceder, ainda mais diante de um câncer que pode ser eliminado.


Além da prevenção, diversos tratamentos podem ajudar, sobretudo quando já houver diagnóstico do tumor. Segundo os oncologistas, as opções são procedimentos cirúrgicos, radioterapia, quimioterapia e braquiterapia.


Fique atenta aos sinais de seu corpo. Cuide-se. Seja a sua prioridade.

Fotos: Divulgação e Reprodução