GDF abre ‘guerra’ contra Aedes aegypti, o vilão do verão que causa dengue

Aedes é um gênero de mosquito com listras pretas e brancas em seu corpo, originário de zonas tropicais e subtropicais e transmissor de diferentes doenças ao ser humano, dentre elas a dengue. O nome do gênero provém do grego ἀηδής, que significa “desagradável”.

Para combater este vilão o Distrito Federal conta atualmente com 1.257 agentes de vigilância ambiental. A partir desta semana, o GDF vai intensificar o trabalho de combate em todas as regiões administrativas. A ação combinada entre Secretaria de Saúde e administrações regionais vai contar com mais de mil agentes na ‘guerra’ contra o transmissor de doenças.

Além do tradicional fumacê, estratégias como o uso de armadilhas para o vetor da dengue, de drones para identificar áreas infestadas e a ‘fabricação’ de mosquitos com a bactéria Wolbachia, que inibe a transmissão da doença, serão empregadas pela Secretaria de Saúde.
De acordo com a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, 800 casos prováveis de dengue foram notificados na primeira quinzena de janeiro na capital federal. Seis regiões do DF possuem alto índice de infestação do mosquito: lagos Sul e Norte, Park Way, Sobradinho II, Planaltina e Itapoã. Essas regiões receberão a ação do fumacê e visitas técnicas da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival).

“Estamos atuando em todo o DF. Porém, o estudo apontou que essas cidades apresentam no momento maior vulnerabilidade para a dengue. Dessa forma, várias ações de combate serão realizadas nesses locais”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde. “Não se trata somente de visitas domiciliares, agora faremos o tratamento focal no combate ao mosquito. Sabemos que ele está ali no local e vamos eliminá-lo”, complementou Valero.
Aedes aegypti – a ‘guerra’ contra o transmissor de doenças é individual, mas o resultado é coletivo


O subsecretário Valero disse que a colaboração da população é fundamental para essa ‘guerra’ contra o mosquito. “É importantíssimo que cada cidadão incorpore o papel de agente contra a dengue dentro do próprio domicílio. O morador deve observar seu quintal e checar se há algum depósito com água, um balde que possa acumular água quando chover. Verificar também se a caixa d’água está fechada corretamente. Tudo isso é indispensável”.

Maurício Tomaz, administrador do Park Way, destacou a preocupação em conscientizar os moradores sobre a necessidade de eliminar qualquer tipo de água parada. É necessário divulgar, fazer ações midiáticas para que o cidadão possa fazer sua parte e combater o mosquito”.

O administrador do Itapoã, Marcus Cotrim, contou que se surpreendeu com o alto índice de infestação em sua RA. “Trata-se de um problema antigo no Itapoã e temos de reforçar esse combate. Em nossa cidade, o acúmulo de lixo nas residências e também a existência de muitos terrenos baldios são as principais dificuldades”.
Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília e Reprodução