Estudo aponta que 3ª dose da CoronaVac reconhece Ômicron

Um estudo de Fase 3, que está sendo realizado no Chile, mostrou que as pessoas que tomaram a terceira dose da CoronaVac podem desenvolver proteção contra a ômicron e as demais variantes de preocupação da Covid-19.
Os testes mostraram que os vacinados com a terceira dose do imunizante do Butantan possuem Células T que reconhecem a proteína Spike da variante ômicron, de maneira equivalente à cepa original do SARS-CoV-2 e as variantes Gama e Delta, o que significa possível proteção contra estas cepas.
Esta notícia vem em boa hora porque a variante ômicron, que foi identificada no Brasil há cerca de dois meses, já é a prevalente nos casos de covid-19 no país, de acordo com informações divulgadas na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde em 11 de janeiro deste ano.

Além do mais o estudo da comprovação da eficácia da CoronaVac contra a ômicron é importante porque um subtipo da variante Ômicron, designada como BA.2, é mais infecciosa do que ‘original’, a BA.1, segundo estudo dinamarquês que analisou infecções por coronavírus em mais de 8.500 lares entre dezembro e janeiro, sugere que subvariante é cerca de 33% mais infecciosa do que original e mais capaz de infectar pessoas vacinadas.
Embora a subvariante BA.1 “original” é responsável por mais de 98% dos casos de ômicron em todo o mundo , sua prima próxima BA.2 rapidamente se tornou a cepa dominante na Dinamarca, destronando BA.1 na segunda semana de janeiro.
O estudo, que ainda não foi revisado por pares, foi conduzido por pesquisadores do Statens Serum Institut (SSI), da Universidade de Copenhague, da Estatísticas da Dinamarca e da Universidade Técnica da Dinamarca.
“Concluímos que a ômicron BA.2 é inerentemente substancialmente mais transmissível do que BA.1, e que também possui propriedades imunoevasivas que reduzem ainda mais o efeito protetor da vacinação contra infecções”,disse à Reuters o principal autor do estudo, Frederik Plesner.
Casos de BA.2 também foram registrados nos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia e Noruega.

Enquanto especialistas trabalham para entender melhor a nova “variante de preocupação” designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ômicron, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu mais vacinação e medidas de saúde pública para garantir a melhor proteção possível contra o vírus.
O Butantan é um orgulho para o Brasil pela tecnologia avançada e por ter sido responsável por trazer para este país e aplicar a primeira vacina contra a Covid-19. A vacina mais aplicada no mundo completou um ano de eficácia e segurança, comprovada por inúmeros estudos. Viva a Ciência.!!!
Fotos: Reprodução e (Naeblys/Getty Images