‘Senhor TV’ narra a história de Flávio Cavalcanti,um dos maiores comunicadores brasileiros

bernadetealves.com
Flávio Cavalcanti comandou com maestria programas de rádio e de televisão entre as décadas de 1950 e 1980

Flávio Cavalcanti comandou com maestria programas de rádio e de televisão entre as décadas de 1950 e 1980 e quem trabalha com comunicação conhece o quanto era brilhante e criativo. Foi ao lado de Chacrinha e Silvio Santos, símbolo de uma época na TV.


“Nossos comerciais, por favor”, “Um instante, maestro!” são uns dos mais famosos bordões televisivos, criados por um gigante da TV. Seu diferencial era o estilo polêmico, que ele cultivava com gosto, e que lhe rendeu problemas, desafetos, mas, claro, muita audiência.


Para relembrar o famoso apresentador de televisão, apresentá-lo as novas gerações e entender com detalhes Flávio Cavalcanti, seu filho Flávio Cavalcanti Junior, apresenta “Senhor TV – A vida com meu pai, Flávio Cavalcanti”, lançado pela Matrix Editora.


A obra é um relato apaixonado de quem acompanhou o apresentador por uma vida inteira. Uma biografia de filho para pai.


“O livro busca desvendar como funcionava a cabeça do meu pai, suas ideias, sua coragem, suas aparentes contradições e seu refúgio junto a família”
– diz o autor Flávio Cavalcanti Junior, que além de ter trabalhado muito com seu pai, tornou-se um executivo de sucesso na área de comunicação.

bernadetealves.com
‘Senhor TV’: vida e obra do grande comunicador brasileiro Flávio Cavalcanti


Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti
nasceu no Rio de Janeiro em 1923.Trabalhou no Banco do Brasil aos 22 anos, ao mesmo tempo em que era repórter do Jornal carioca ‘A Manhã’.


Em 1951 compôs sua primeira música ‘Mancha de Baton’, gravada pelo conjunto “Os Cariocas”. Em 1952 estreou “Discos Impossíveis”, na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Depois gravou a música “Manias”. Em 1955, com Jacinto de Thormes, estreou o programa “Nós os Gatos” no Rádio.

Em 1957 Flávio Cavalcanti estava na televisão com o programa “Um Instante, Maestro!”, sucesso da TV Tupi. Em 1965 lançou na TV Excelsior o primeiro júri de TV. Em 1970 apresentou o “Programa Flávio Cavalcanti”, sucesso da TV Tupi nas noites de domingo.


Ainda jovem, conseguiu um feito impressionante para sua época: uma entrevista exclusiva com o presidente norte-americano John F. Kennedy. Foi também o criador do primeiro júri da televisão brasileira.
Pela extinta Rede Tupi de Televisão, apresentou o primeiro programa a ser exibido em rede nacional, e que se tornaria líder de audiência.

bernadetealves.com
Flávio Cavalcanti, o gigante da televisão brasileira entre as décadas de 1950 e 1980

Suas outras marcas eram tirar e colocar insistentemente os óculos de armação escura e grossa, ter a mão levantada com o dedo em riste e quebrar diante das câmeras os discos dos cantores que se apresentavam em seu programa e que, para ele, representassem músicas e letras de baixa qualidade.


Flávio criou um estilo eclético de fazer seus programas.
Uma mistura entre a música e o jornalismo. Inventou o júri na TV, lançou dezenas de cantores que fizeram enorme sucesso, como Alcione, Emílio Santiago, Fafá de Belém, entre outros.

Senhor TV”, mostra como Flávio Cavalcanti enfrentou o Governo Militar, que apoiou nos seus primeiros momentos, e dele se afastou, tão logo percebeu que o movimento tinha acabado em ditadura. A obra também traz em detalhes a relação pai e filho e sua importância como compositor.

bernadetealves.com
Flávio Cavalcanti Jr lança ‘Senhor TV’ em homenagem a seu pai, um dos maiores comunicadores brasileiros

“Na maioria das vezes, o patrão era mais compreensível que o pai, este sempre muito rígido. Mas era aberto a conversas longas, sérias e pesadas. Com o meu amadurecimento, acabamos grandes e íntimos amigos e confidentes. É importante para as pessoas que acham que o conheceram que sejam apresentadas a um Flávio Cavalcanti pleno. Um Flávio, que teve uma vida muito mais rica e realizadora do que aquela que transparecia nas duas ou três horas semanais em que ficava no ar” – revela o autor Flávio Cavalcanti Jr.


Em 22 de maio de 1986, após chamar os comerciais, Flávio Cavalcanti não voltou do intervalo para dar sequência a seu programa. Uma isquemia no coração fez o apresentador ser levado para o hospital e morreu quatro dias depois. A importância de Flávio para a história televisiva no Brasil pode ser medida por uma atitude do SBT, o então canal da atração.

A rede saiu do ar durante 24 horas, exibindo para seus telespectadores apenas um letreiro: “Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em Petrópolis, às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal”.


Pouco depois desse horário, a emissora voltou ao ar. O corpo de Flávio Cavalcanti havia descido à sepultura. E seu nome já estava nos céus da história televisiva.


O autor

bernadetealves.com
Flávio Cavalcanti Jr lança ‘Senhor TV’ em homenagem ao seu pai

Flávio Barbosa Cavalcanti Jr. atuou por diversos anos ao lado do pai. Criativo, corajoso e com mente brilhante, galgou espaços em importantes empresas de comunicação, aos quais dedicou 45 anos de sua vida. Sua história profissional também é narrada na obra.


Quem conhece Flávio Cavalcanti Júnior, como eu, ao ler o “Senhor TV” sente toda a ternura e exemplo de vida deste especial comunicador e homem de negócios. Flávio proporciona uma viagem ao tempo por meio de suas lembranças. Relatos sinceros de quem sabe a importância de se comunicar.


Sobre a Matrix Editora:

bernadetealves.com
Flávio Cavalcanti: um gigante da comunicação é homenageado com livro ‘Senhor TV’


Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde o seu início em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país com 850 títulos publicados, dez novos lançamentos a cada mês, com venda online e nas maiores redes de livrarias de todo o país.


A empresa se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Em seu catálogo constam, ainda, best-sellers como Biografia da Televisão Brasileira, Bem-Vindo ao Inferno e Chaves Foi Sem Querer Querendo, e autores renomados como Millôr Fernandes. A Matrix Editora criou, no Brasil, o que chama de livro-caixinha®, com cartas em vez de páginas, como um baralho, de formato lúdico e interativo. A Matrix foi também pioneira ao transformar textos e personagens de internet em livros, do on line para o off line, como Diva Depressão (a primeira página do Facebook a virar livro) e Mothern (o primeiro livro surgido a partir de um blog homônimo e que virou série de sucesso na GNT).


Fotos: Reprodução