Brasil é campeão da Copa América Feminina e carimba passaporte para Olimpíadas 2024

A Copa América foi um sucesso, sobretudo da seleção brasileira, campeã com vinte gols marcados e nenhum sofrido. Esse é um feito significativo pois mostra o poder do futebol feminino.
Foi a vitória da dedicação, entrega, disciplina e seriedade das atletas comandadas por Pia Sundhage.
Viva o Brasil feminino, Viva o futebol-arte, Viva a alegria e a criatividade.

Mesmo sem incentivo, mesmo jogado nas valas do preconceito e da exclusão, mesmo sem base para formação de jogadoras, nós existimos e brilhamos.
A Seleção Brasileira venceu a Colômbia na noite de sábado, 30 de julho por 1 a 0, diante de mais de 28 mil torcedores presentes no Estádio Alfonso López, na cidade colombiana de Bucaramanga.
É o oitavo título das brasileiras em nove edições da Copa América Feminina. A única vez em que não venceram foi em 2006, quando a Argentina foi a campeã.

O Brasil de Bia Zanerato, de Adriana, de Debinha, autora do gol do título, de Ary Borges, Tamires, Luana, Antônia, Kerolin, Duda Santos, Duda Sampaio, Kathellen, Rafaelle, Tainara, Gabi Portilho, Angelina, e da super goleira Lorena Silva, é uma equipe renovada e aprovada com este título invicto, sem tomar sequer um gol. Adriana e Debinha, que marcaram cinco, terminaram como artilheiras da Seleção.

“Conseguimos o que precisávamos. Estou feliz pela equipe, sempre temos a melhorar, mas estamos de parabéns. Daqui pra frente é melhorar e conquistar mais títulos”, disse a atacante Debinha, autora do gol que deu o título ao Brasil, depois do jogo para o canal ‘Sportv’.

Com atuação histórica, Lorena do Grêmio, foi eleita a melhor goleira da Copa América Feminina. A arqueira não sofreu nenhum gol na campanha do título. Aos 25 anos ela é a primeira goleira a terminar uma competição sem levar nenhum gol e com isso consolidou a melhor defesa do Brasil.

Lorena dividiu o mérito com as companheiras e se emocionou com o feito.
“É como sempre digo: a defesa não parte ali só da goleira, vem desde as atacantes, que começam a marcação lá em cima do time adversário. Só tenho a agradecer a Deus, porque sempre digo que os sonhos dele são maiores que os meus e eu não imaginava fazer um campeonato sem tomar gol. Trabalho para isso, mas Deus é maravilhoso na minha vida. Esse troféu de melhor goleira tem um significado muito especial e com certeza eu vou guardar com muito carinho. Só tenho a agradecer, é o primeiro título de muitos”, disse a gremista, campeã da Copa América Feminina 2022.

Com o título da Copa América, a Seleção garantiu o seu lugar na próxima Copa do Mundo Feminina da FIFA, que será realizada na Austrália e Nova Zelândia, entre 20 de julho e 20 de agosto de 2023.
O Brasil também carimbou o passaporte para Paris 2024. Serão ao todo 12 equipes no torneio feminino dos Jogos Olímpicos, quatro delas já classificadas: a França como país anfitrião; os Estados Unidos, campeão do classificatório da CONCACAF (Confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe) que terminou em meados de julho; o Brasil e a Colômbia, campeã e vice-campeã, respectivamente, da Copa América 2022.

A treinadora sueca Pia Sundhage, comanda a seleção feminina desde Tóquio 2020. Ela foi Bicampeã Olímpica quando comandou os Estados Unidos – Beijing 2008 e Londres 2012 -, e levou a Suécia à medalha de prata na Rio 2016 e não esconde a felicidade pela classificação do Brasil: “Este era o objetivo (a classificação para os Jogos Olímpicos). Estou muito feliz por haver cumprido. A primeira coisa que vou fazer é planejar a caminhada até lá”, disse a treinadora durante a coletiva de imprensa.
Alma foi a mascote da Copa América 2022. Ela é uma fã declarada do futebol e irmã de Pibe, o mascote da Copa América Masculina, disputada no Brasil em 2021.
Fotos:Thais Magalhães/CBF e Gabriel Aponte 2021 e Raul Arboleda/AFP