Presidente Lula chega ao Japão para participar da cúpula do G7 em Hiroshima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está em Hiroshima para participar do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, que ocorre no sábado (20) e domingo (21).
O presidente brasileiro foi convidado por Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, que, na posição de presidente temporário do G7 e anfitrião do evento, convidou Lula para participar da cúpula, durante um telefonema no início de abril.
Esta é a sétima participação de Lula em reuniões do G7 como convidado. Lula afirma que volta do Brasil a participar do encontro como convidado marca “a retomada do engajamento” do país em “em temas sensíveis do cenário internacional”.

Durante a bilateral com o premier japonês, Lula tratará de temas como a expansão dos fluxos bilaterais de comércio e investimentos, cooperação na área de descarbonização, e a integração da comunidade brasileira no Japão, estimada em cerca de 204 mil indivíduos (a quinta maior no mundo). Também serão abordadas questões da agenda internacional como a agenda de paz e segurança e o combate à mudança do clima. Em 2022, o comércio entre os dois países atingiu US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão. Além disso, o Japão é importante fonte de investimentos diretos no Brasil, com estoque de cerca de US$ 22,8 bilhões.
Lula busca apoio para negociação de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e já tratou do assunto pessoalmente com diversos líderes mundiais. A conversa com Macron já estava sendo ensaiada há algum tempo; os dois estiveram juntos na coroação do Rei Charles, em Londres, no início do mês, mas não tiveram oportunidade para uma reunião reservada.

“Alguém nesse mundo tem que se preocupar com a paz, tomar uma decisão e tentar convencer aqueles que estão em guerra a pararem com a guerra, sentarem e negociar”, afirmou Lula a jornalistas, na ocasião, em Londres. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim também já viajou à Rússia e à Ucrânia para conversar pessoalmente com líderes dos dois países e conhecer suas principais exigências para poder dar início a negociações de paz.
A invasão da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro de 2022 e já deixou milhares de mortos e refugiados, além de impactar na produção e distribuição global de alimentos e energia.
Este assunto é uma das prioridades do presidente Luiz Inácio durante sua participação no G7, em Hiroshima, e dá própria cúpula de líderes do grupo. Além da guerra, também serão abordados a segurança alimentar, os problemas causados pela inflação e o alto endividamento das nações em desenvolvimento, as ações de combate às mudanças climáticas e fortalecimento do sistema mundial de saúde, entre outros. Na ocasião, Lula também terá encontros bilaterais com, pelo menos, sete chefes de Estado e governo.
Além dos países do G7 e do Brasil, foram convidados para a reunião Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã.
Fotos: Ricardo Stuckert/Presidência da República