Renato Russo, um dos grandes nomes do rock nacional, é homenageado no Rio de Janeiro

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro, em 1960. Mas os primeiros passos na carreira artística, ainda na adolescência, e a explosão para o sucesso se deram em Brasília. Em 1979 formou a banda Aborto Elétrico. Três anos depois, se tornou “O Trovador Solitário”, para logo em seguida criar a Legião Urbana. Sua voz embalou gerações e é reverenciado até hoje como um dos grandes nomes do rock nacional.
Um prédio de quatro andares, da arborizada rua Nascimento Silva, número 378, em Ipanema, no Rio de Janeiro, ganhou uma placa especial. É que no local de 1990 a 1996 residiu o líder da Legião Urbana Renato Russo.

Para homenagear o cantor, um dos grandes nomes do rock nacional, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), da prefeitura do Rio de Janeiro, transformou o lugar em Patrimônio Cultural Carioca. É uma forma de a cidade identificar bens e locais com valores ligados à cultura e à identidade do carioca. A placa oferece informações para que os visitantes conheçam mais sobre os determinados temas.
A fachada do imóvel, que ficou conhecida dos fãs por ilustrar a capa de seu primeiro disco solo, Stonewall Celebration, de 1994, ganhou da prefeitura uma placa de identificação com informações, como datas de nascimento e morte, a participação na Legião Urbana e que cinco álbuns nasceram naquele endereço. Outros discos que Renato compôs no endereço são o V, O Descobrimento do Brasil e A Tempestade, da Legião Urbana; e o solo Equilíbrio Distante.

A placa azul arredondada do Circuito da Música foi instalada pela Prefeitura do Rio no dia 25 e contou com a presença de Giuliano Manfredini, filho do artista. O subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, disse que Renato Russo faz parte da história e do imaginário carioca. “O Rio e o bairro de Ipanema foram escolhidos pelo artista como moradia e lá ele compôs pelo menos cinco álbuns. Esta homenagem é mais do que merecida e necessária para eternizar a parceria do Renato Russo com a Cidade Maravilhosa”.

“O IRPH tem como atribuição proteger, conservar e valorizar o patrimônio cultural da cidade. O projeto Circuitos do Patrimônio Cultural Carioca tem como objetivo divulgar e informar sobre o rico acervo de bens culturais e as personalidades da cidade do Rio de Janeiro. A placa alusiva ao Renato Russo está no Circuito da Música e visa homenagear importantes compositores da música popular brasileira”, explicou a presidente do IRPH, Laura Di Blasi, no site da prefeitura.
A Rua Nascimento Silva, em Ipanema, bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro, já é eternizada na música brasileira pelos versos escritos por Vinicius de Moraes, na letra de Carta ao Tom. Ela também faz esquina com a Rua Vinícius de Moraes. É considerada a Esquina da Bossa.

O endereço é uma referência ao prédio em que morou o parceiro Tom Jobim, de 1954 a 1960. Uma placa indicativa dá um destaque ao imóvel e é ponto para visitantes tirarem uma selfie.
Renato Russo morreu em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, por complicações causadas pelo contágio pelo vírus HIV. Ele descobriu a doença em 1989, segundo o site oficial do artista, mantido pelo filho dele, o produtor cultural Giuliano Manfredini.
A idolatria persiste até os dias de hoje, com uma produção musical que continua viva e atemporal para aqueles que tanto se identificam com as letras e reflexões de Renato Russo.

Fotos: Reprodução e Miriam Fichtneer/O Dia