Brasil conquista prata inédita no Mundial de Ginástica Artística com atuação de gala de Rebeca Andrade
A Seleção Brasileira de Ginástica Artística conquistou uma medalha de prata, inédita, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de Antuérpia, na Bélgica. A conquista histórica classificou a equipe feminina para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Esta é a primeira vez na história que a Seleção Brasileira Feminina termina entre as três primeiras em uma competição do primeiro nível internacional na disputa entre equipes. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares colocam o time verde-amarelo em novo patamar com primeiro pódio de um Mundial.
Rebeca Andrade e Flávia Saraiva foram as grandes estrelas do time brasileiro e participaram de todos os aparelhos. Júlia Soares foi a escolhida para se apresentar no solo e trave. Lorrane Oliveira foi a terceira ginasta nas barras assimétricas e Jade Barbosa no salto.
Ao fim dos quatro aparelhos, o Brasil terminou a final com 165.530 pontos. Os Estados Unidos, grande favorito e campeão, marcou 167.729 com a ajuda do fenômeno Simone Biles. A França ficou com o bronze.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou a “conquista histórica e coletiva” das ginastas e exaltou a importância do programa Bolsa Atleta. “Das cinco titulares que competiram, quatro recebem a Bolsa Atleta, mostrando a importância do incentivo ao esporte. Meus parabéns para Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares”, escreveu o Presidente em suas redes sociais.
“É o trabalho de muitas pessoas. Uma lista gigante. Hoje firmamos a escola de ginástica do Brasil. Fizemos incríveis escolhas. Estamos tão felizes. Mostramos que nosso trabalho está no caminho certo. A gente imaginava terceiro, que podíamos, mas a segunda posição é muito melhor”, disse Jade Barbosa, que aos 32 anos, voltou ao pódio de um Mundial depois de 13 anos para receber sua terceira medalha – já tinha dois bronzes.
Rebeca chegou a cinco medalhas em Mundiais – também tem duas olímpicas. Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Júlia Soares e a reserva Carolyne Pedro subiram pela primeira vez no pódio de uma grande competição da ginástica.
Por décadas, uma medalha por equipes em um Mundial era vista com um sonho distante, algo que só estava ao alcance de potências como Estados Unidos, Rússia, China e Romênia.
Na quinta-feira, às 14h30 (de Brasília), Diogo Soares disputou a final do individual geral masculino. Diogo Soares fez bonito em sua segunda final no individual geral de um Campeonato Mundial. Na decisão em Antuérpia, na Bélgica, o ginasta brasileiro de 21 anos que avançou na última colocação fechou sua participação no Top 10, com 81,832 pontos, superando os 81,064 que rendeu a vaga à final nas qualificatórias. Com o décimo lugar, ele iguala a posição de Caio Souza de 2022, em Liverpool, onde também esteve e acabou em 17º (79,664), mas com nota melhor, já que o compatriota fez 81,631 na edição passada.
Garantido para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, Diogo melhorou suas notas da classificatórias em cinco dos seis aparelhos. Somente na trave que não conseguiu evoluir. Na final, se destacou com a 7ª marca no cavalo e na barra fixa, além de ser o 10º melhor nas paralelas.
Na sexta-feira, também às 14h30, Rebeca e Flávia estão na decisão do individual geral. No sábado, Rebeca está na final do salto, aparelho em que é a atual campeã olímpica. No domingo, Rebeca está na decisão da trave e do solo. Flavinha também está na final do solo. Arthur Nory fecha o Mundial na decisão da barra fixa.
Fotos: Ricardo Bufolin/CBG
