Polenta: pilar da culinária italiana que ganhou o mundo pela versatilidade e valor nutricional

A polenta, um dos pratos típicos da culinária italiana, continua conquistando diferentes paladares e instigando a criatividade dos chefs por sua versatilidade e sabor diferenciado. O famoso prato de fubá cozido da Itália pode ser combinando perfeitamente com uma infinidade de sabores salgados e doces.

Ela é feita a partir da fervura de farinha de milho em água ou caldo de carne, resultando em uma massa cremosa e consistente. A polenta pode ser preparada de diferentes formas, resultando em variações do prato. Uma das variações mais conhecidas é a polenta mole, que possui uma consistência mais líquida e é servida como uma sopa ou mingau. Já a polenta firme é mais consistente e pode ser cortada em fatias ou moldada em formatos específicos para fritar ou grelhar.

A polenta pode ser servida como acompanhamento de diversos pratos, como carnes, aves, peixes e legumes, ou até mesmo como prato principal, com a adição de molhos e queijos. Também pode ser degustada com leite e canela, assada com queijo parmesão, com Nutella ou requeijão por cima. Há quem prefira o mingau de fubá doce e com canela e queijo.

Por ser um prato versátil, e apresentado de várias formas: cremosa, mole ou com textura mais firme, a polenta pode ser servida no café da manhã, em um almoço simples do dia dia, um churrasco, um petisco ou até mesmo no café da tarde.

Outra opção é preparar a polenta com molho de tomate e queijo, gratinando no forno para obter uma crosta dourada e crocante. A polenta também pode ser utilizada como base para pratos como a polenta recheada, em que ela é cortada em fatias e recheada com queijo, presunto, cogumelos ou outros ingredientes de sua preferência.

Existem muitas variedades e tonalidades de cores da farinha, matéria prima da polenta, dependendo da consistência, cobertura, área de produção e tipo de milho. A polenta pode ser servida quente, semilíquida ou solidificada e servida como petiscos fritos ou grelhados.

Benefícios de incluir polenta numa refeição equilibrada

A polenta é um alimento rico em carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. Ela é uma excelente fonte de energia, fornecendo nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Além disso, a polenta é naturalmente isenta de glúten, o que a torna uma opção adequada para pessoas com intolerância ou sensibilidade ao glúten. A presença de fibras na polenta também contribui para a saúde digestiva, auxiliando no bom funcionamento do intestino.

Especialistas em saúde dizem que é facilmente digerível e tem poucas calorias. Um alimento extremamente nutritivo, rico em niacina, magnésio, fósforo, potássio, cobre e vitaminas, além de fibras e zinco e ferro, que, por sua vez, contribui para a manutenção dos glóbulos vermelhos, protegendo o sistema imunológico. 

Embora seja um alimento saboroso e saudável, é recomendado não exagerar no consumo da polenta/fubá devido à presença de carboidratos em sua composição, aquele nutriente que apesar de fornecer energia ao organismo, também pode se transformar em gordura no corpo e tem a sua ingestão reduzida e até mesmo eliminada em alguns planos de dieta para emagrecer.

O milho, matéria prima da polenta, é um cereal em espiga e é um dos alimentos mais abundantes em todo o mundo, sendo superado apenas pelo trigo. É rico em amido e proteínas, mas carece de dois aminoácidos essenciais: lisina e triptofano.

É boa fonte de folato e tiamina e oferece boas quantidades de vitamina A e C, potássio e ferro. Existe uma variedade muito grande de produtos derivados de milho, como: compostos de milho (flocos de milho e outros cereais), fubá, farinha de milho, canjica, óleo e xarope de milho.

Como fazer Polenta

Para fazer polenta, é necessário ter em mãos farinha de milho, água ou caldo de carne, sal e manteiga. O primeiro passo é hidratar 2 xicaras do fubá com água em temperatura ambiente. Pegar uma panela antiaderente e colocar 4 xícaras de água para ferver. Em seguida, a farinha de milho é adicionada aos poucos, mexendo constantemente para evitar a formação de grumos. A polenta deve ser cozida em fogo baixo por cerca de 30 a 40 minutos, até que atinja uma consistência cremosa e macia. Por fim, a manteiga e o sal são adicionados para realçar o sabor.

A polenta pode ser preparada de diferentes formas, resultando em variações do prato. Uma das variações mais conhecidas é a polenta mole, que possui uma consistência mais líquida e é servida como uma sopa ou mingau. Já a polenta firme é mais consistente e pode ser cortada em fatias ou moldada em formatos específicos. Além disso, a polenta pode ser enriquecida com a adição de queijos, como o parmesão, ou outros ingredientes, como cogumelos, tomates e ervas.

A história da Polenta

A origem da polenta remonta à antiguidade, quando o milho foi introduzido na Europa pelos exploradores espanhóis. Inicialmente, o milho era utilizado principalmente para a alimentação de animais, mas com o tempo, os italianos descobriram que poderiam transformá-lo em uma refeição saborosa e nutritiva. A polenta se tornou um alimento básico na dieta dos camponeses italianos, pois era fácil de preparar e tinha um custo acessível.

A polenta é um prato muito apreciado na Itália, sendo considerada uma comida reconfortante e tradicional. Ela pode ser encontrada em diferentes regiões do país, cada uma com suas próprias variações e acompanhamentos típicos. Na região da Lombardia, por exemplo, a polenta é servida com ossobuco, um prato à base de carne de vitela. Já na região do Vêneto, a polenta é frequentemente acompanhada de molho de tomate e queijo.

Acredita-se que a polenta seja o alimento básico mais popular da Itália, depois das massas e da pizza. Na sua essência, continua a ser um humilde prato comunitário, mas durante os anos da Segunda Guerra Mundial foi consumido, principalmente, por necessidade.

No final de um árduo dia de trabalho, alguns familiares reuniam-se à volta da mesa e partilhavam a polenta. Usando as mãos como colheres, esfregavam cada mordida em um arenque seco pendurado por um barbante no teto da cozinha para dar mais sabor à polenta simples e, ao mesmo tempo, conservar o peixe.

Embora os historiadores da culinária observem que os antigos romanos costumavam comer um tipo mais macio de polenta, feita com espelta moída cozida, a versão que as pessoas conhecem e amam hoje tem suas raízes no Oceano Atlântico, nas Américas. Tudo começou quando Cristóvão Colombo trouxe consigo para o Velho Continente uma safra “exótica” de milho, produto que não familiarizado até sua viagem em 1492.

Segundo o historiador alimentar Amedeo Sandri, o milho foi posteriormente importado para a Itália por missionários que voltavam das Américas para a região de Friuli. O cultivo em grande escala se espalhou nos anos 1600 para Veneto e Lombardia, substituindo as culturas tradicionais e desencadeando uma revolução agrária. Hoje, existem cerca de uma dúzia de tipos de milho italiano cultivados no país. A polenta de milho tornou-se prato principal nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a substituir o pão (feito com trigo).

Polenta no Brasil

Com a chegada dos italianos no Brasil, esse alimento se popularizou, principalmente na região Sul, onde passou a fazer parte do cardápio como acompanhamento ou como petisco, e é apreciada em diversas casas, seguindo a tradição italiana.

No sul do Brasil, a polenta é bastante apreciada e consumida de forma regular. O café matinal, para o colono, a polenta é um dos pratos principais por ser uma refeição que proporciona energia suficiente para o desempenho das tarefas no campo. Além disso, a polenta é uma opção nutritiva e saudável, que fornece energia e nutrientes essenciais para o organismo.

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