Boechat morre aos 66 anos em acidente de helicóptero e deixa país de luto
É com muita tristeza que noticio a morte do jornalista e apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM, Ricardo Eugênio Boechat, ocorrido no início da tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, aos 66 anos, em São Paulo. Boechat estava dando uma palestra em Campinas, no interior do estado, e retornava a São Paulo nesta segunda, de acordo com informações dos colegas jornalistas da Band.
A aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela Rodovia Anhanguera quando fazia um pouso de emergência. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave também morreu carbonizado. O motorista do caminhão atingido no acidente foi resgatado pelo serviço da concessionária que administra a via e passa bem.
A notícia deixou a imprensa brasileira de luto e todos nós, seus colegas de profissão, muito tristes. Ele, que hoje pela manhã comentou justamente sobre as tragédias dos últimos dias, acaba perdendo a vida de forma brutal e inesperada. Uma perda irreparável. Ricardo Boechat, um repórter de muito gabarito, fará muita falta no jornalismo brasileiro.
Boechat deixa a esposa Veruska Seibel e os filhos Rafael, Bia, Paula, Patrícia, Valentina e Catarina. Vai fazer muita falta para a família e para a imprensa. Boechat era o recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes: Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV.
Boechat lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA). Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Ele também foi dublador do Boi Chá, a onça pintada jornalista da “Zootopia” da Disney.
Ricardo Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da revista IstoÉ. Ele trabalhou nos principais veículos de comunicação como os jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil” e foi comentarista no Bom Dia Brasil, da TV Globo. Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro.
A morte repentina e trágica de Ricardo Boechat é mais do que perder um jornalista brilhante e cativante. É perder o maior defensor do respeito e da dignidade. Uma referência de coragem e profissionalismo. Uma potente voz na defesa da ética. O homem parte mas seu exemplo permanecerá para sempre.
Descanse em paz querido e competente comunicador! Obrigada pelos grandes ensinamentos mestre Ricardo Boechat.
