Síndrome de Down: a emoção e a ingenuidade de uma criança
Nesta quinta-feira , é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Uma data para conscientizar as pessoas sobre a inclusão, promover o respeito à causa e mostrar a importância do movimento Down e discutir alternativas para aumentar a visibilidade social das pessoas com Síndrome de Down. Gente que emociona e nos emocionam ao falar em amor e compreensão.
O preconceito e a discriminação são os piores inimigos de quem tem a síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças.
Eu vejo em uma pessoa com Síndrome de Down a total pureza. Mesmo depois de adulto continua vendo o mundo com a ingenuidade e o deslumbramento de uma criança. O amor não conta cromossomas.

Francisco Guedes Bombini tem síndrome de down e precisou passar por sete cirurgias por causa de problemas renais, cardíacos e hipotireoidismo, mas, em todos ele saía com um sorriso no rosto, como conta a mãe, a advogada Daniela Guedes Bombini.
Francisco nasceu prematuro e morou por seis meses no hospital. Daniela conta que nesse tempo ele lutou muito pela vida e acabou ganhando o apelido de Super Chico, nome inspirado nos heróis e em São Francisco de Assis.

Em sua mensagem pelo twitter, o Papa Francisco pede acolhimento a quem tem a síndrome. “Hoje, recordamos as pessoas com #SíndromeDeDown, para que, desde o ventre materno, sejam acolhidas, apreciadas e jamais descartadas.”, diz o tweet.
A síndrome de Down afeta 1 a cada 1000 nascidos vivos ao redor do globo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que um bebê chegue ao mundo com essa síndrome a cada 600 a 800 nascimentos, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao contrário do que muitos pensam,não se trata de uma doença, mas de uma condição genética, em que, ao invés de possuir 46 cromossomos, a célula conta com 47.
Segundo o médico Drauzio Varella, a Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. Não se sabe por que isso acontece.

“Crianças com síndrome de Dowm precisam ser estimuladas desde o nascimento, para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social”, diz Varella.