Dia Mundial da PI alerta para proteção das invenções e promove vida saudável
Incontáveis pessoas com mentes brilhantes, todos os dias inovam para deixar a vida de todos mais saudável, confortável e segura. Essa produção intelectual transforma problemas em progresso e proporciona bem estar seja pela criatividade, invenções, criações estéticas, obras literárias ou artísticas.
Reconhecer o trabalho de quem inova e proteger esse conhecimento é a missão da propriedade intelectual. Por isso é dedicado o 26 de abril como o Dia Mundial da Produção Intelectual sob a égide da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Em 2019 o tema é “Inovação – Melhorando vidas”.

A proposta da OMPI é fomentar o debate sobre como o sistema de propriedade intelectual pode apoiar a inovação atraindo investimentos, recompensando os criadores, incentivando-os a desenvolver suas ideias e garantindo que seus novos conhecimentos estejam disponíveis gratuitamente para que os inovadores de amanhã possam aproveitar a nova tecnologia de hoje.
O Brasil coleciona experiências bem-sucedidas de inventores que mudaram a vida das pessoas e as mulheres se destacam em pedidos de patentes.Um grande exemplo é Joana D’Arc Felix de Souza, 55 anos, PhD em Química e professora da Escola Técnica Estadual Professor Carmelino Corrêa Júnior (ETEC), de Franca (SP).
Formada pela Unicamp e pós-doutora em química pela Universidade de Harvard, Joana, coleciona mais de 50 prêmios e 15 patentes de novas tecnologias criadas na ETEC. Entre elas, um cimento ósseo que ajuda a regenerar o osso humano e uma pele artificial que pode revolucionar o tratamento de queimaduras.
Ele explica que o cimento ósseo, composto pelo colágeno extraído de resíduos do couro somado ao hidróxido apatita, presente nas escamas de peixe descartadas em fazendas de tilápias de cidades próximas à Franca, pode ser usado para reconstituir a parte perdida e ainda estimula o crescimento do próprio osso humano. Na medida em que a pessoa se recupera, o organismo absorve o cimento.

A pele humana artificial resultante de células do epitélio suíno. Os pesquisadores conseguiram isolar essas células e, assim, a pele criada por eles se tornou 100% compatível à humana.Vítimas de queimaduras, acidentes e mesmo testes hoje feitos em animais poderão utilizar a pele artificial de maneira definitiva.
A ciência e a educação realmente transformam a nossa vida e que bom que existem pessoas como a cientista brasileira Joana D’Arc que se dispõe em produzir conhecimento à serviço da coletividade e que divide o que sabe com seus alunos.
“Comecei a trabalhar na ETEC e pensei em fazer diferente, incentivar a iniciação científica, como aconteceu comigo durante a universidade”, conta Joana em entrevista à CNI. “Eu não vou largar o Brasil por nada. Precisamos é de lutar pelo que temos aqui. Fazer o nosso país melhor”, declara a cientísta Joana.
As patentes, ao lado de marcas, desenho industrial, indicação geográfica, programa de computador e topografia de circuito integrado, compõe formas de proteção à propriedade intelectual no Brasil -, as mulheres brasileiras ostentam representatividade superior à média internacional e de países desenvolvidos: entre 2011 e 2015, 21% dos depósitos de patente no Brasil foram feitos por mulheres, contra 19% na União Europeia, 18% no Reino Unido, e 15% no Japão.
As mulheres criaram o wi-fi, os algoritmos de computador, o identificador de chamadas, a geladeira, bote salva-vidas, escadas de incêndio, seringas e até a cerveja. As pesquisadoras brasileiras se concentram em áreas de saúde e ciências naturais. Incentivar a participação feminina na ciência e encorajar a busca por patentes vai reduzir as desigualdades de gênero.
Para levar essa reflexão a diferentes países, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual promove a discussão sobre o papel da propriedade intelectual no encorajamento da inovação e criatividade.
A Propriedade Intelectual, como ramo de conhecimento, consiste na materialização da proteção à criação humana, através da implementação de direitos de apropriação ao homem sobre as criações, obras ou produções do intelecto humano.
A Propriedade Intelectual confere o direito à utilização exclusiva da respectiva informação técnica, comercial e industrial e inclui: Propriedade Industrial, Direitos de Autor e Direitos Conexos. Para promover a data são realizadas atividades de sensibilização para alertar a população para a importância da propriedade intelectual, no âmbito da proteção do conhecimento e do desenvolvimento econômico.
Os primeiros direitos referentes à propriedade industrial surgiram em Roma e na Grécia durante a Antiguidade, face a necessidade de diferenciar um produto dos demais. Neste período, a diferenciação era feita por meio de figuras, letras e símbolos os quais eram considerados marcas, entretanto estes não possuíam o valor patrimonial que possuem hoje.