Brasília perde o ator e diretor Andrade Júnior – o candango das artes cênicas
É com muito pesar que registro o falecimento do ator e cineasta Andrade Júnior, aos 74 anos, em decorrência de um infarto na madrugada deste sábado. O velório será a partir das 17 horas no Cine Brasília e o enterro no Domingo em Sobradinho.
O candango, nascido no Ceará, veio para Brasília em 1963 e em 1985 começou a fazer teatro e não parou mais. Andrade Júnior ajudou a construir as artes cênicas no Distrito Federal.
Andrade Júnior ficou famoso por suas peças teatrais, filmes, campanhas publicitárias e dezenas de produções audiovisuais. Autodidata, do palco, foi para as telas. Em mais de 50 anos de carreira, participou de cerca de 100 produções.
Em 2014, Andrade Júnior foi homenageado durante o 3º Festival Curta Brasília quando foi exibido o documentário Onipresença: o cinema de Andrade Júnior
Querido e carismático, o ator foi homenageado em 2016, pelos cineastas Érico Cazarré e Victor Pennington com documentário “A Louca História de Andrade Júnior”.
Andrade Júnior participou de dois especiais de fim de ano da TV Globo. O primeiro deles foi em 2017, no filme Meio Expediente. O longa conta a história de um servidor público que ficou de fora de um bolão premiado na firma. Andrade deu vida a Gadelha, uma espécie de Papai Noel da vida real.
Em 2018 o ator Andrade Júnior atuou em “Fuga de Natal” ao lado de João Antônio e Chico Chico Sant’Anna, seus colegas de mais de 40 anos de teatro.
No ano passado Andrade Júnior contracenou com Dira Paes em um longa como senhor de escravos da era moderna. O longa-metragem, inédito, foi dirigido por Renato Barbieri.
Na sua carreira destaque para Defunto Vivo (1992), Tepê (1999), Macacos me Mordam (2005) Nada Consta (2007) e O Egresso (2011).
As artes cênicas e a cultura de Brasília estão de luto. Uma perda inesperada. Descanse em paz, fenomenal ator, diretor e cineasta brasiliense. O candango das artes cênicas no Distrito Federal deixa um enorme legado, do tamanho de seu talento e carísma.