Papa Francisco: o incansável defensor dos refugiados
O Papa Francisco transformou a situação de imigrantes e refugiados em uma marca registrada de seu papado, instando os governos a construírem pontes, não muros, e a fazerem o que puderem para acolher e integrar os refugiados.

Ao chegar no domingo na Bulgária, país de maioria ortodoxa, Francisco pediu às autoridades para que tomem uma atitude para erradicar a emigração maciça de sua juventude e combater o “inverno demográfico”, pelo qual o país está passando. O Pontífice pediu esforços para criar “condições favoráveis para os jovens investirem suas novas energias e planejarem seu futuro pessoal e familiar em sua Pátria”.
O Papa pediu aos búlgaros para não serem indiferentes à situação dos migrantes e refugiados, dizendo que muitos estão fugindo da guerra, do conflito e da pobreza extrema em busca de uma vida melhor.
Francisco visita o país cujo governo está construindo uma cerca de mais de 270 km na fronteira com a Turquia para impedir a entrada de sírios, afegãos e iraquianos que fogem da guerra.

Francisco discursou no pátio do palácio presidencial em Sofia, após conversar com o presidente búlgaro, Rumen Radev, e lançou o apelo porque o país tem adotado uma política dura em relação à imigração.
O papa lembrou o fim do regime soviético e os milhões de búlgaros que foram tentar a vida em outros países.Francisco falou que a própria Bulgária, o mais pobre dos 28 países da União Europeia, estava perdendo milhares de seus próprios cidadãos, que buscavam melhores oportunidades em outros países da UE.
O governo búlgaro se recusou no ano passado a assinar o Pacto de Migração das Nações Unidas, que Francisco sempre defendeu.
O Papa Francisco visitou o Centro de Vrazhdebna que abriga crianças refugiadas do Iraque, do Paquistão e de outros países, em uma escola reformada com fundos da União Europeia (UE) na periferia da capital búlgara, Sofia. Ele pediu aos búlgaros que não fechem os olhos e os corações aos imigrantes.

O Papa disse que eles estão carregando a “cruz da humanidade”. Francisco agradeceu aos refugiados por sua alegria e esperança, disse que conhece bem a dor de deixar o país e comparou sofrimento deles à cruz que Cristo levou.
“Hoje, o mundo dos imigrantes e refugiados é uma espécie de cruz, a cruz da humanidade. É uma cruz que muitas pessoas carregam”, afirmou o Papa Francisco.

Ontem Francisco celebrou a Primeira Comunhão para mais de 200 crianças. E encerrou o dia com um evento pela paz em Sofia.
