GDF fortalece com cidadania a situação do Idoso no Distrito Federal
A Excelência da medicina e o progresso tecnológico aumentaram a expectativa de vida e com isso o Brasil ultrapassou a marca de 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nos próximos cinco anos, o número de idosos vai superar o de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade.

O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção é um direito social, assegurado desde 2003 pela Lei nº 10741, de 1º de outubro. Cuidar e respeitar as pessoas idosas é cuidar do nosso próprio futuro. Como o respeito não envelhece é nosso dever prevenir a ameaça de violência aos direitos do idoso.
No Distrito Federal a proteção dos idosos é prioridade do GDF. Ontem, Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, o vice-governador Paco Britto, recebeu na Residência Oficial de Águas Claras, integrantes do Centro de Convivência do Idoso da Universidade Católica de Brasília, para incentivar o debate e o fortalecimento das diversas formas da prevenção dos maus-tratos contra essa faixa etária da população.
Os convidados foram recebidos com coffee break, tiraram fotos nos jardins, conheceram a Residência Oficial de Águas Claras e suas obras de arte e participaram de uma dinâmica de grupo.
Depois, assistiram a uma palestra da juíza Monize da Silva Freitas Marques, coordenadora da Central Judicial do Idoso – uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF. A magistrada lembrou que o Estatuto do Idoso assegura inúmeros direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e estabelece que é violência contra o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.

A juíza Monize informou que 60% dos atos de violência contra o idoso, em casos atendidos pela Central Judicial, são praticados pelos filhos. A maioria dessas agressões é de violência psicológica, negligência e de ordem financeira. “Às vezes, o pai morre e o filho vem morar com a mãe; ele acaba construindo um quartinho para ela nos fundos da casa e, aos poucos, ela [a mãe] fica abandonada nesse local”, exemplificou a magistrada. “Nenhuma mãe quer denunciar um filho, mas isso é abuso. A legislação trata como crime, precisamos refletir sobre isso.”

O vice-governador Paco Britto disse que a falta de respeito aos idosos é uma violência. “Eu quero estar entre os 30 milhões, porque não quero morrer jovem e quero ter o apoio e respeito dos meus filhos, dos meus netos e de todos os cidadãos do DF”, declarou.

O Centro de Convivência do Idoso, da Universidade Católica de Brasília,além de oferecer aulas de informática e de espanhol, oferece uma nova forma de viver. A convivência entre eles, o respeito e a atenção está mudando a vida de muitas pessoas.
