Paraty e Ilha Grande ganham reconhecimento da Unesco
A Cultura e a exuberância da natureza do Rio de Janeiro foram reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, como patrimônio mundial da humanidade. Paraty e Ilha Grande, no litoral da Costa Verde, ganharam o reconhecimento neste 05 de Julho. Agora, são 22 os lugares brasileiros na lista da Unesco por terem um excepcional valor universal, isto é, com grande riqueza cultural ou natural.

Essa é a primeira vez que o Brasil tem um sítio misto reconhecido por sua cultura e natureza. A área do sítio misto forma o segundo maior remanescente florestal do bioma Mata Atlântica. Além da sua extensão, as diferentes fisionomias vegetais permitem a ocorrência de uma fauna e flora incomparáveis, com diversas espécies raras e endêmicas.
Este é o primeiro sitio da América Latina a ter reconhecido a exuberância da natureza e a cultura dos habitantes. Juntos os locais tem praticamente a mesma área que São Paulo.
Praias isoladas, vegetação intacta, encontro da água do rio com a água do mar, lindas montanhas e aldeias indígenas que transformam fibras naturais em artesanato, foram fundamentais para a conquista do importante título.

A cidade de Paraty tem um importante acervo arquitetônico e ricas paisagens com belezas naturais. O centro histórico se cerca de quatro áreas de conservação ambiental, que abrangem o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual da Ilha Grande, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, um território de quase 149 mil hectares.
Na Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis, são mais de 187 ilhas em um território preservado. A área abriga um sistema de comunidades tradicionais que misturam cultura e biodiversidade.
Os Sítios geram, além de benefícios à natureza, uma importante fonte de renda oriunda do desenvolvimento do ecoturismo. Paraty e Ilha Grande se juntam a outros 21 patrimônios mundiais da humanidade brasileiros, dos quais sete são naturais e 14 são culturais.

Sitios do Patrimônio Cultural:.Cidade Histórica de Ouro Preto, Minas Gerais: incluída em 1980; Centro Histórico de Olinda, Pernambuco: incluído em 1982; Missões Jesuíticas Guarani, Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande de Sul e Argentina: incluídas em 1983; Centro Histórico de Salvador, Bahia: incluído em 1985; Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais: incluído em 1985; Plano Piloto de Brasília, Distrito Federal: incluído em 1987; Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, Piauí: incluído em 1991; Centro Histórico de São Luís do Maranhão: incluído em 1997; Centro Histórico da Cidade de Diamantina, Minas Gerais: incluído em 1999; Centro Histórico da Cidade de Goiás: incluído em 2001; Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão, Sergipe:incluída em 2010; Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar:incluído em 2012; Conjunto Moderno da Pampulha: incluído em 2016; e Sítio Arqueológico Cais do Valongo: incluído em 2017.

Sítios do Patrimônio Natural: Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu, Paraná e Argentina: incluído em 1986; Mata Atlântica – Reservas do Sudeste, São Paulo e Paraná:incluídas em 1999; Costa do Descobrimento – Reservas da Mata Atlântica, Bahia e Espírito Santo: incluídas em 1999; Complexo de Áreas Protegidas da Amazônia Central: incluído em 2000; Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: incluído em 2000; Áreas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas, Goiás: incluídas em 2001; Ilhas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas: incluídas em 2001.
