Senado comemora os 117 anos de JK e lança livro em sua homenagem

Hoje é o aniversário do ilustre estadista que fundou Brasília e alavancou o progresso do Brasil. Nesta quinta-feira , 12 de Setembro, marca o 117° aniversário de nascimento do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, o mineiro  de Diamantina que nasceu em 1901.

Para comemorar tão importante data o Senado realizou uma sessão especial e lançou um livro com os discursos proferidos por JK em 1956. A homenagem foi uma iniciativa do Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com apoio dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Zenaide Maia (Pros-RN), Jorge Kajuru (Patriota-GO), Paulo Paim (PT-RS), Cid Gomes (PDT-CE) e Rose de Freitas (Podemos-ES).

A sessão especial destinada a comemorar os aniversários de Juscelino Kubitschek e do Memorial JK foi presidida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) com a presença da neta de Juscelino Kubitschek e presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek Barbará A. Pereira; do senador no período de 2003 a 2006 e vice-presidente do Memorial JK, Paulo Octávio Alves Pereira, do deputado federal pelo PSD de Minas Gerais no período de 1959 a 1962, primo-irmão do presidente JK, pioneiro na construção de Brasília, Carlos Murilo Felício dos Santos, dentre outras autoridades.

JK governou o Brasil entre 1956 e 1961 e um de seus maiores feitos  foi a inauguração de Brasília, em 1960. Durante seu mandato JK também realizou um vasto programa de desenvolvimento econômico. Com o slogan “50 anos em cinco”, ele estabeleceu um Plano de Metas, com 31 objetivos, com prioridade para energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação.

“Em face da indiscutível contribuição para o desenvolvimento do país, Juscelino Kubitschek foi um dos políticos mais admirados pela população brasileira. Nada mais justo o Senado Federal comemorar seu nascimento”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek Pereira, neta do ex-presidente, disse que o  livro lançado em conjunto com o Senado Federal é o primeiro de uma série de cinco livros com os seus discursos. “Este documento histórico estará acessível a toda a população de forma gratuita e poderá influenciar e ajudar políticos, as novas gerações com tantas reflexões profundas, que só ele soube propor ao país”. Anna Christina acrescentou: “O Brasil vive um momento único e sensível, em que sentimos a falta da moderação e da conciliação que JK sabia propor. Então, decidimos resgatar suas falas mais importantes como presidente da República”.

Os outros lançamentos da obra dos 5 anos de discursos do estadista estão previstos até 12 de setembro de 2021, quando JK completaria 119 anos, informou Anna Christina.

O 12 de Setembro é uma data especial para a história de Brasília. Hoje pela manhã, Anna Christina Kubitschek presidente  do Memorial JK, celebrou o aniversário do avô e os 38 anos de fundação do importante museu idealizado pela ex-primeira-dama Sarah Kubitschek.

O local guarda a história de Brasília, os feitos de Juscelino Kubitscheck, muito conhecimento e os restos mortais do importante estadista.

A cerimônia ocorreu no Memorial JK, com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; senadora Leila Barros, senador Randolfe, secretários de governo, autoridades e familiares do estadista . O governador Ibaneis  depositou flores no túmulo de JK e fez preces. O espaço tem paredes esculpidas por Athos Bulcão, um vitral feito por Marianne Peretti e muitas obras de arte.

 “A política que se faz hoje precisa repensar a história de Juscelino, que fez uma política de integração nacional, produziu tanto desenvolvimento, alegria e esperança para a população. Esse exemplo está contado nas ações que JK fez com sua equipe. Está na hora de olharmos para o passado e colher exemplos como o de Juscelino, que abdicou de uma carreira de médico e de sua cidade Belo Horizonte para construir uma capital com esse espírito e trazer a integração nacional”, disse Ibaneis Rocha.

O presidente do Conselho do Memorial JK, Paulo Octávio, falou sobre Juscelino Kubitschek e sua obra. “Essa é uma homenagem ao pai de Brasília, fundador da nossa cidade e um presidente que soube governar e trouxe o progresso para o nosso país. A construção de Brasília é uma enorme epopeia, não há nada igual no Brasil”, destacou.

A Câmara Mortuária, túmulo onde JK descansa está no centro de um ambiente com paredes esculpidas por Athos Bulcão e um vitral feito por Marianne Peretti. O espaço recebe luz natural que varia de tom de acordo com a posição do Sol.

Alunos da rede pública de ensino visitaram o espaço e conheceram mais sobre a vida e obra do fundador da capital e da importância do trabalho social de Dona Sarah.

Idealizadora do monumento, a ex-primeira-dama Dona Sarah,  tem lugar de destaque no Memorial JK. O gabinete de onde ela despachou desde a inauguração tem jardim de inverno feito pelas mãos de Roberto Burle Marx, além de objetos pessoais e fotografias de época. Lado a lado com o marido, a imagem de Dona Sarah se repete no caminho de JK. Ela protagonizou grandes ações de assistência

Dona Sarah Kubitschek  inaugurou o espaço em 1981 para manter viva a memória do marido após sua morte.  Ela fez uma campanha para adquirir um terreno, doado pelo então presidente João Figueiredo, na  área onde a primeira missa foi celebrada, em 1957. Também mobilizou todo o país para angariar doações e recursos para a construção. O ato teve apoio de políticos, amigos, familiares e do povo.

A obra foi feita em 17 meses, com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. São 120 metros de comprimento, 32 metros de largura e um pedestal de concreto armado de 28 metros de altura, de onde sai uma grande mão em forma de concha e protege a estátua em bronze, feita por Honório Peçanha, de onde JK acena para a cidade.

Fotos: Jefferson Rudy/Agência Senado e Renato Araújo/Agência Brasília