Grand Slam Judô Brasília mostra protagonismo de brasileiros
A abertura do Circuito Mundial de Judô – o Grand Slam Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, no domingo, dia 06, marca a volta da disputa internacional no Brasil, após 7 anos. O Grand Slam Judô Brasília conta com a participação de 360 atletas de 61 países. O Brasil, País-sede, participa com uma delegação de 56 judocas.
O circuito mundial dá ao vencedor 1000 pontos no ranking internacional da Federação Internacional de Judô e impulsiona o judoca na luta por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
O secretário de Esporte e Lazer, Leandro Cruz, agradeceu a Federação Internacional de Judô pela oportunidade da capital do país voltar a sediar um evento mundial tão importante. “Agradeço a Federação Internacional de Judô por ter acreditado na capacidade do Brasil, especialmente de Brasília de organizar novamente grandes eventos mundiais de judô. Todos os nossos compromissos serão religiosamente cumpridos. Sejam muito bem-vindos todos os atletas, comissão técnica e família FIJ . Foi preparado com muito carinho e com muito cuidado pela família do judô de Brasília”.
No primeiro dia de disputas o Brasil estreou com 20 judocas no tatame e conquistou nove medalhas, sendo duas de ouro, quatro pratas e três bronzes.Um desempenho histórico para o país.
O gaúcho Daniel Cargnin, 21 anos, colocou o ouro no peito na categoria 66 kg, mesmo com a costela quebrada. Para chegar na final, o atleta da Sogipa venceu quatro lutas por eliminação de seus adversários — todos com três punições. Na decisão, o gaúcho cresceu com o apoio da torcida e derrotou o italiano Manuel Lombardo por wazari. Com a vitória, Cargnin soma 1000 pontos no ranking mundial e praticamente carimba seu passaporte para Tóquio 2020.
“Estou muito feliz que minha família veio me assistir. É a coroação dos meus treinos, do meu esforço diário. Só tenho a agradecer e comemorar esse título, para voltar a Porto Alegre, me recuperar e seguir meus treinamentos”, disse o judoca gaúcho.
A brasiliense Rafaela Silva, campeã olímpica e mundial, foi superada por uma jovem de 21 anos na semifinal. O público presenciou dois protagonistas do judô cederem o posto para jovens talentos. A campeã olímpica e mundial Rafaela Silva (57kg) foi superada pela jovem Ketelyn Nascimento, de apenas 21 anos, na semifinal, e terminou com o bronze da categoria.
“Ganhar de uma campeã olímpica tem seus créditos, mas tenho que reconhecer que ela é uma grande adversária. Foi de grande importância para mim”, comemora Ketelyn, que já havia vencido Rafaela no Troféu Brasil Interclubes do ano passado.
Allan Kuwabara (60kg), número 202 do ranking mundial, levou o ouro em sua primeira participação no evento ao derrotar, na decisão, o número 1 do Brasil e e 11 do mundo, Eric Takabatake. Gabriela Chibana e Larissa Pimenta levaram prata, enquanto Eleudis Valentim e William Lima conquistaram o bronze.
Parabéns a organização, excepcional e pontual. O CICB foi completamente transformado para receber um dos mais importantes torneios do calendário do judô mundial. A sobriedade típica do pavilhão principal deu lugar ao vermelho e amarelo dos tatames da Federação Internacional .
