Gucci Milão Inverno 2020: Nada se cria tudo se recria
Quando pensamos em Gucci, logo vem a cabeça glamour, sofisticação e luxo. As bolsas são objeto de desejo da maioria das mulheres assim como os cintos, sapatos e óculos. Como descendente de italianos, sou apaixonada pelo mocassim de fivela com tira verde e vermelha e a bolsa com alça de bambu.
Por décadas a grife italiana representa tudo isso. A loja em Milão é reflexo de elegância. É gratificante usar os produtos feitos com tanta qualidade.
Fiquei surpresa quando vi, pela imagens da Getty, a apresentação da Gucci no Milão Fashion Week, na quarta dia 19, nada era criado e sim recriado. O estilista Alessando Michele levou para o Gucci Hub a recriação das décadas 1960, 1970 e século 18.
O outono/inverno 2020/21 exibiu o estilo de cabarés, faroeste norte-americano e à polonaise, do século 18. Volume intenso nas saias e vestidos, sobreposições carregadas, muitos babados e renda.
Nas cabeças, lenços, chapéus e toucas. Acessórios exagerados no pescoço e calçados nada atraentes. Batas bordadas usadas sobre jeans largos e rasgados, blusões exagerados e modelagens despreocupadas.
E mais: fivelas, meias estilo colegial, coturnos e calçados nada convencionais. Enfim, uma mistura de tudo um pouco. Um ar retrô-fashionista da grife italiana.
As pessoas que gostam do clássico e da elegância, as bolsas apresentadas no desfile estão muito bonitas.
A Gucci foi fundada por Guccio Gucci em Florença em 1921. O sócio majoritário da empresa é a holding francesa Kering. Como outras grandes marcas italianas, a Casa Gucci começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família.
