GDF reforça combate intenso ao mosquito da Dengue

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GDF reforça combate intenso ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue

Estamos em guerra contra um inimigo invisível, o coronavírus, que sacudiu o mundo, e temos ainda que ficarmos atentos a outro inimigo declarado que ataca dentro de casa que é o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya. Doenças que também podem matar.

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Paco Britto, vice-governador do DF, visita os Espaços de Atendimento aos casos suspeitos de Dengue nas regiões administrativas

Os pesquisadores constataram que os horários dos ataques do mosquito acontecem entre 7h30 e 10h e entre 15h30 e 19h. O Aedes Aegypti é um mosquito de ambientes urbanos, não gosta de muito de calor e, por isso, se esconde  em lugares escuros nas horas mais quentes do dia. O mosquito da dengue voa baixo, em média 1,20 metro de altura.

GDF reforça combate intenso ao mosquito da Dengue - Bernadete Alves
GDF reforça combate intenso ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.

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GDF reforça combate intenso ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue

No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evoluem para a recuperação e cura da doença. Porém, em algumas situações o paciente pode ter manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. O vírus da dengue não é transmissível de uma pessoa para outra, a não ser em casos de “transmissão vertical” (da gestante para o bebê, ou por transfusão sanguínea).

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Tenda de atendimento em Unidade de Pronto-Atendimento

Independente do estágio da doença, é preciso procurar a orientação de um médico, que pode recomendar um acompanhamento ambulatorial nos casos mais simples, até encaminhar o paciente para internação em unidade de terapia intensiva nas ocorrências mais graves. Como não existem medicamentos específicos para combater o vírus, nos casos de menor gravidade, quando não há sinais de alarme, a recomendação é fazer repouso e ingerir bastante líquido, como água, sucos, soro caseiro ou água de coco.

Para conter o avanço da doença e proteger a população, o governador Ibaneis Rocha, decretou em janeiro deste ano estado de emergência na saúde do DF. Além disso, contratou 600 agentes comunitários para atuar no combate à dengue. A Secretaria de Saúde do DF também instalou tendas de atendimento voltadas à doença em hospitais regionais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

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As ações promovidas pelo GDF para combater a Dengue incluem a utilização de drones para verificação de terrenos com edificações fechadas ou abandonadas e, também, de helicópteros. Além da retirada de carros abandonados pelas ruas de todo o Distrito Federal. Tudo coordenado pela  Sala Distrital de Combate à Dengue.

A Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) também executa um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito, trabalhando com manejos ambientais, tratamento biológico, educação ambiental  e aplicação de fumacê. O carro do fumacê passa nas regiões administrativas todos os dias, das 5h30 às 9h30 e  das 17h30 às 21h30.

Além disso, 261 novos agentes comunitários de saúde (ACSs) e de Vigilância Ambiental iniciaram o treinamento para combater o mosquito da dengue nas ruas do Distrito Federal. Um reforço ao combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya.

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Os moradores do Lago Norte receberam, nesta semana a visita de 70 agentes de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, em mais uma ação contra o Aedes aegypti. O objetivo foi detectar focos do mosquito e orientar a população sobre o combate correto ao transmissor da dengue e outras arboviroses.

Edgar Rodrigues, diretor de Vigilância Ambiental, disse que  a ação do Dia D contra dengue no Lago Norte se tornou necessária devido ao aumento da incidência de casos da doença na região administrativa. “Peço a toda a comunidade que receba nossos agentes, para fazerem as inspeções e tomarem as providências necessárias. É uma questão de saúde pública”, declarou.

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GDF reforça combate intenso ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue

Não existem medidas de controle específicas para o ser humano, já que não existe nenhuma vacina ou droga antiviral. Então, o único jeito de prevenir a doença é o combate ao mosquito da dengue. Para isso, é fundamental fazermos a nossa parte mantendo a nossa residência  sempre limpa, não deixar água parada, principal criadouro dos  mosquitos.

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O número de casos prováveis de dengue no Distrito Federal cresceu mais de três vezes nas últimas semanas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), entre 29 de dezembro de 2019 e 07 de março deste ano, foram 8.050 registros. No mesmo período, foram contabilizadas duas mortes.

A estatística representa aumento de 352% no número de casos em pouco mais de um mês, já que os últimos números divulgados pela pasta apontavam que, até 1º de fevereiro, eram 1.780 registros.

Com os números, o Distrito Federal fica em 6º lugar no ranking nacional e está entre as unidades da federação com maior incidência de dengue no país, com 266,97 casos a cada 100 mil habitantes. As situações mais graves foram registradas nos estados do Acre, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Fotos: Tony Oliveira / Agência Brasília