DF inicia pesquisa de plasma de pacientes curados da Covid-19
O combate da Covid-19 ganhou importante reforço no campo da ciência. A Fundação Hemocentro de Brasília começou pesquisa para verificar a efetividade do tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus com plasma de pessoas que tiveram a Covid-19 e se recuperaram. A investigação deste método ocorre também em outros estados, como Rio de Janeiro e em São Paulo.
A Fundação Hemocentro está apta a estudar a eficácia e segurança no tratamento de pacientes utilizando o plasma sanguíneo de pessoas recuperadas da doença causada pelo novo coronavírus. A utilização do plasma convalescente é uma das tentativas de encontrar tratamentos que evitem o avanço da doença e a mortalidade em pacientes com covid-19. A hipótese é que os anticorpos desenvolvidos por uma pessoa curada contribuam para combater o vírus em outro indivíduo.
O governador Ibaneis Rocha disse que a pesquisa é de grande valia e que o DF tem enfrentado a doença de forma segura e responsável. “Brasília tem sido um excelente exemplo de condução durante essa crise. Isso se dá porque, nós, que estamos à frente do governo, temos adotado todos os protocolos e utilizados toda a responsabilidade com a vida da população do DF. Isso tem ocorrido diuturnamente com o trabalho de nossas equipes”.
“O mundo todo hoje procura e faz estudos sobre a Covid-19. Esse apoio que nos é dado pela UnB, Hemocentro, Secretaria de Saúde e Iges-DF tem transmitido segurança para que a gente possa avançar no DF”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.
Conhecimento científico dos pesquisadores Alexandre Nonino (Hemocentro) e André Nicola (Universidade de Brasília),e GDF, juntos contra o coronavírus.
Francisco Araújo, secretário de Saúde, disse que o investimento em ensino e pesquisa é essencial para o combate à Covid-19 e que o GDF se esforça, desde o início da pandemia, para fortalecer os estudos. “Essa parceria com a UnB e com outras universidades tem nos ajudado muito. Tenho dito que não são apenas com hospitais e leitos de UTI que vamos conseguir superar tudo isso.”

A Fundação Hemocentro de Brasília, a Universidade de Brasília, o Laboratório Central da Secretaria de Saúde e hospitais da rede pública do DF vão pesquisar o tratamento para pacientes de Covid-19 com uma parte do sangue – o plasma – de pessoas que estão recuperadas de Covid-19. Os procedimentos de pesquisa terão início após a aprovação junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do Ministério da Saúde.
“O tratamento da pesquisa pode não ser 100% efetivo, mas pode ajudar uma efetividade de acordo que estão nos nossos protocolos. Ele pode contribuir para que a gente possa mostrar os benefícios da utilização de plasma de pacientes que já estão curados”, declara o presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto.
O Hemocentro convida pessoas que já tenham se recuperado da covid-19 para serem doadoras. Para participar, é preciso ter entre 18 e 60 anos, pesar no mínimo 60 quilos, não ter histórico de gestações, ter diagnóstico laboratorial de covid-19 (não valem, portanto, testes rápidos), estar sem sintomas há 15 dias e não ter tido complicações como parada cardíaca ou entubação.

Além disso, é preciso atender os requisitos normalmente exigidos para doação de sangue. Os interessados devem preencher um formulário, disponibilizado na página específica da pesquisa criada no site da Fundação Hemocentro.
Representantes da equipe da pesquisa entrarão em contato para verificar outras condições clínicas por meio de entrevista. Uma vez selecionada, a pessoa fará um procedimento denominado aférese, quando é realizada a separação do plasma por centrifugação da amostra de sangue.