Carros estranhos que marcaram época e encantam colecionadores

A beleza está nos olhos de quem vê. E isso vale também para carros de passeio. Modelos antigos e até modernos, sob qualquer ponto de vista, conquistam cada vez mais admiradores. Colecionar carros antigos com nomes esquisitos, mais que um hobby ou ostentação, é um estilo de vida que já faz parte do dia de centenas e centenas de pessoas, um conceito que representa a personalidade do dono.
Aqui em Brasília os apaixonados por carros antigos criaram até uma associação: Veteran Car Brasília, fundada em junho de 1983, uma das primeiras associações do tipo no Distrito Federal. A VCR fica no Museu Vivo da Memória Candanga, e mantém 15 modelos raros em exposição permanente, para contar a história e atrair as novas gerações.

Mesmo rodados, não são velhos, são relíquias com um passado bem vivido e que ostentam a evolução da indústria automobilística mundial. O automóvel antigo está tão atual que foi reconhecido, pela Unesco, como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Para quem não pode colecionar os carros que fizeram história, selecionamos modelos inovadores, incomuns, estilosos e até com nomes esquisitos, que impressionam os olhos na primeira vista. Uma viagem ao mundo da antiguidade sobre rodas.

O AMC Marlin, de duas portas e com janelas traseiras em elipse, foi produzido nos anos 1960. O carro não agradou devido a carroceria e a distância enorme entre os eixos, o que dificultava (e ainda dificulta) a vida dos motoristas. Com isso, as suas vendas despencaram nos três anos em que o Marlin foi produzido.

O visual do Citroën Ami 6 dá a impressão de que a sua parte central foi desdobrada a partir do resto, como se fosse um livro infantil em 3D. O Ami 6 não é feio apenas pelos padrões de hoje: em 1962, o carro original no qual ele foi baseado vendeu duas vezes mais unidades do que ele.
Os carros em miniatura produzidos pela Crosley durante os anos de racionamento da II Guerra Mundial foram populares, e o CC foi o primeiro modelo lançado após o cessar-fogo. Ele tinha uma dianteira que parecia amassada, rodas minúsculas e nenhum estribo, o que o fazia se parecer com um carro de brinquedo.

O AMC Pacer foi um compacto popular nos EUA entre 1975 e 1980, mas é impossível ignorar o seu design estranho. A traseira parece desabar por trás do banco dos passageiros, ficando muito perto do chão. Já as janelas meio futuristas, lembrando bolhas, podem ter sido meio avançadas demais para a sua época.
Querendo entrar na moda dos cupês esportivos europeus, foi criado o AMC Matador, com a sua carroceria enorme e seu acabamento chato, decepcionou e também fracassou.

Nissan S-Cargo foi apresentado no Salão do Automóvel de Tóquio em 1987. O carro inspirado no Sunny/Sentra lembra um trailer no seu design. O S-Cargo tem uma traseira enorme, ideal para transportar carga.
O Stout Scarab é considerado uma das primeiras minivans a serem lançadas. No entanto, o seu formato era estranho, parecendo um bolinho. Ele tinha o motor na traseira e não possuía estribos laterais.

Alfa Romeo SZ foi apelidado pelos italianos de “O Monstro”. Quando a gente pensa em carros italianos, alguns designs lindos vêm à mente. Infelizmente não é esse o caso do Alfa Romeo SZ. Ele tinha proporções esquisitas e traços retos que o faziam mais se parecer com um carro de brinquedo.

AMC Gremlin, cujo nome remete ao visual bastante feio. A traseira do Gremlin era bem esquisita, e o resto do modelo não é muito melhor. Reza a lenda que o chefe de design da montadora AMC fez o primeiro esboço desse carro na parte de trás de um saco para enjoo.

Corbin Sparrow – é um veículo elétrico, com três rodas e com carroceria de plástico, para uso na cidade. Dizer que o Sparrow se parece com uma jujuba sobre rodas devido as cores berrantes em que ele era disponibilizado.

O Ford Pinto é o primeiro subcompacto produzido pela Ford na América do Norte, o Pinto não era apenas doloroso de olhar: ele também era uma máquina mortífera. Devido a uma falha no projeto, o tanque de combustível do carro muitas vezes explodia, caso houvesse algum impacto.

O Jeep é um carro esportivo, de traços duros e sem traseira. No entanto, o Gladiator tem uma traseira ao estilo das picapes que parece tão incrivelmente fora do lugar que pode dar um nó na sua cabeça.

Lombardi Grand Prix foi outro exemplar italiano na nossa lista, da encarnação do fim dos anos 1960. O seu vidro traseiro era tão pequeno que mal se podia enxergar nada através dele, e a dianteira era tão longa que devia ser difícil de conduzir! De carro esporte não tem nada.

O nome Subaru BRAT vem da sigla em inglês para Bi-drive Recreational All-terrain Transporter (transporte recreativo bitracionado para qualquer terreno), em referência ao botão que liga a tração nas quatro rodas. Apesar do seu design esquisito, o BRAT foi produzido ao longo de 16 anos.

Mini Cooper Coupe, um esportivo de dois lugares parece que foi encolhido. O teto, que parece um boné virado para trás, diminuiu ainda mais o espaço vertical do carro, que já era pequeno, eliminando praticamente toda a visão traseira do motorista.

Quando o Subaru 360 foi importado e vendido na América do Norte, a empresa lançou uma série de comerciais que o chamava de “barato e feio”. A publicidade foi sincera.

Esse modelo da Volkswagen era tão feio que a montadora sequer conseguiu criar um nome bonito para ele. Nos EUA, o carro foi batizado de Thing (“Coisa”). O design desse veículo encaixotado, que mais lembra uma marmota, foi inspirado nos veículos militares alemães da II Guerra Mundial.

O Nissan Juke foi projetado para um público mais jovem e aventureiro. O carro é um crossover compacto, com um formato estranho que lembra uma caixa. A nova geração desse carro, mesmo com mudanças, não agradou.

O Triumph TR7, além de não ter sido muito bem construído, não tinha nenhum atrativo aparente. A dianteira caída lembra uma expressão emburrada, e a mistura de estilos americano e europeu não deu muito certo.

Marcos Mantis M70, em inglês, mantisquer que significa louva-a-deus, aquele inseto de pernas longas. O carro era bastante desproporcional, com traços irregulares que doem nos olhos, sem contar as reentrâncias bizarras nos faróis.

O Renault Avantime foi apresentado à imprensa no Museu do Louvre, em Paris, em 1999, dois anos antes de chegar ao público em geral. A empresa estava tentando aproximar os mercados das minivans e dos cupês, em um apelo ao público adulto sem filhos. No entanto, até mesmo a montadora admite que isso foi um desastre.
O Fiat Multipla parece estar precisando de uma plástica, com essa testa franzida gigante por cima do capô. Além do mais, as janelas cercam tudo dando a impressão que o condutor está dirigindo um aquário móvel. Os faróis dão a impressão de que o carro está olhando para o motorista o tempo todo.

Aston Martin Lagonda foi produzido nos anos 1970, com dianteira e traseira pontudas por quase 20 anos. Os Aston Martins de hoje em dia são o sonho de todo apaixonado por carros clássicos. Bem diferentes deste modelo.
A montadora americana Oldsmobile nunca foi conhecida por fazer carros bonitos, mas o Aurora levou isso longe demais, com sua dianteira caída e seus faróis que se pareciam com dois olhos cansados.