Junho Laranja e Vermelho: mês dedicado ao combate à Anemia e Leucemia
Anemia e leucemia são doenças preocupantes e ambas têm o sangue como protagonista. Além de intensificar as doações de sangue, o mês de junho também foi escolhido para conscientizar a população sobre as enfermidades que afetam o sangue.
O Junho Laranja e Vermelho serve para que a população entenda os sinais de alerta e procure um especialista o mais precoce possível, a fim de se evitar que essas desordens hematológicas evoluam e se tornem ainda mais graves.
Para conscientizar a população da importância de um diagnóstico precoce e correto dessas enfermidades, o governo do Distrito Federal iluminou o Palácio do Buriti na cor da campanha. Discutir o assunto, os cuidados e o tratamento são metas do governo Ibaneis Rocha. Doar sangue e medula salvam vidas.

O Hospital de Base (HB) é referência no tratamento das doenças onco-hematológicas, como leucemias, no Distrito Federal. O Serviço de Hematologia atende cerca de 380 pessoas com os mais diversos tipos de patologia. É onde elas fazem acompanhamento médico, recebem medicamentos e eventualmente são internados.
A Chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), Miriam Scaggion, explica que a leucemia é um tipo de câncer que ocorre na medula óssea, no interior de alguns ossos, onde são produzidos os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
A anemia se dá devido ao baixo nível de hemoglobina no sangue, o que leva a diminuição da capacidade de transporte de oxigênio, causando fraqueza, cansaço, fadiga, dificuldade para concentração, queda de cabelo, falta de ar, sonolência e perversão do apetite (vontade de ingerir alimentos não convencionais).
A anemia pode ser causada por diversos fatores: falta de nutrientes como ferro, vitamina B12, ácido fólico, além da destruição das hemácias por algum evento autoimune, hemorragias agudas ou mesmo pela falha de produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea.
A anemia pode indicar doenças mais graves, como a leucemia, que afeta os glóbulos brancos e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

Existem mais de 12 tipos da doença, sendo que os quatro primários são: LMA (leucemia mieloide aguda), LMC (leucemia mieloide crônica), LLA (leucemia linfocítica aguda) e CLL (leucemia linfocítica crônica). As causas da doença ainda não estão definidas, mas o risco pode ser aumentado com o consumo de tabaco, o benzeno, radiação ionizante, histórico familiar e entre outros.
“Para que haja um diagnóstico precoce, é muito importante a realização de exames periódicos pela população”, recomenda a médica Miriam Scaggion. Ela diz que o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como: palidez, cansaço, febre, aumento de gânglios, infecções persistentes ou recorrentes, hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados, além do aumento do baço e do fígado.

Fotos: Davidyson Damasceno / Agência Iges/DF