Baixa umidade do ar exige cuidados com a saúde
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alerta para a baixa umidade do ar nesta sexta-feira, 10 de julho. O tempo seco deixa a umidade relativa do ar em todo o Distrito Federal, no período da tarde ente 30% e 25%. Este alerta é importante porque a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera influencia diretamente no nosso organismo.
No inverno com clima frio e seco é comum a umidade relativa do ar cair até abaixo dos 30% em todo o Distrito Federal. Situação que exige cuidados porque segundo a Organização Mundial de Saúde, o ideal para a saúde é que ela varie entre 50% e 80%. Abaixo disso causam problemas de saúde. É por isso que, quando os níveis estão abaixo de 30%, Brasília entra em estado de atenção.
Os termômetros têm registrado frio durante a madrugada e calor ao longo do dia. A previsão para hoje é de sol com poucas nuvens, ventos vão variar de fracos a moderados e, segundo o meteorologista Olívio Bahia, a tendência é que permaneça igual durante o fim de semana.
O tempo seco causa falta de ar, irritação na garganta e até dor de cabeça e também potencializa várias doenças típicas da época, como gripes e alergias. Além disso, a desidratação causada pelo ar muito seco deixa o sangue mais denso, tornando a pessoa mais suscetível a alergias, problemas oculares e peles ressecadas.
Neste ano os problemas se potencializam por conta da pandemia do novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa umidade requer cuidados, principalmente com as pessoas que já têm ou tiveram sintomas de doenças do aparelho respiratório.
Os cuidados com a saúde começam sempre com uma boa hidratação e alimentação saudável. Pneumologistas recomendam tomar dois litros de água por dia, evitar exercícios físicos nos períodos mais quentes do dia, comer alimentos mais saudáveis, deixar a casa sempre limpa sem acúmulo de poeira e com circulação de ar.
Com a queda da umidade e com o ar de qualidade ruim, as vias aéreas ficam mais ressecadas, o que favorece a intensificação de problemas respiratórios. O ressecamento pode causar até sangramentos no nariz.
Dicas simples podem diminuir este transtorno como, por exemplo, utilizar soro fisiológico para hidratar as narinas, colocar baldes com água em ambientes da casa e utilizar panos úmidos para a limpeza, evitando as vassouras e espanadores. Uma bacia de água no quarto e toalhas molhadas nas janelas ajudam a aumentar a umidade do ar.
Um alerta sobre os umidificadores: eles jogam uma névoa fina que deixa almofadas, cortinas e sofás úmidos e com isso provoca o surgimento de fungos e bolor, que não é saudável.
O nutricionista Vinícius Lacerda recomenda que as pessoas bebam bastante água, mesmo sem sede, pois quando a boca está seca é sinal que o corpo está começando a ficar desidratado.”Antes de fazer atividade física, tomar um ou dois copos de água, para ficar hidratado. O mesmo pode ser feito durante e após os exercícios físicos ou caminhadas”, diz o nutricionista.
Quantos aos alimentos a dica de Vinícius é: ” consumir saladas de folhas verdes com tomate e frutas da época como abacaxi, melão e melancia, que são ótimos hidratantes naturais. Evitar alimentos gordurosos, biscoitos recheados e tortas”. A outra dica é substituir refrigerantes, chás e café, que são diuréticas por sucos de frutas naturais.
Como o tempo seco intensifica a desidratação e os problemas respiratórios é importante se cuidar. O assunto é tão sério que chega a afetar não apenas as pessoas e os animais de estimação, mas todos os seres vivos ao nosso redor.
Com a estiagem e a baixa umidade surge outro problema: as queimadas. Com a vegetação cada vez mais seca, o fogo se propaga rapidamente, causando sérios danos à saúde das pessoas e ao meio ambiente, que sofre com a ameaça de sobrevivência da sua fauna e flora.
